No último dia de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou que determinou o corte de 30% dos recursos da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por terem permitido atos políticos e “balbúrdia” dentro de suas instalações. A fala do representante de Bolsonaro foi a seguinte: “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”. E mais: “a universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse para O Estado de São Paulo.
Por outro lado, o reitor da UFBA, João Carlos Salles, fez declaração de que a universidade deve ser um espaço democrático, de debate, de ensino e pesquisa, que a UFBA alcançou a 14ª colocação em escala nacional no passado, e que a universidade é um espaço de liberdade e expressão.
Realizar cortes de verbas por manifestações e posições políticas nas universidades é infringir a autonomia universitária, importe conquista da sociedade brasileira.
O sentimento é de luta e de organizar toda a comunidade acadêmica, lembrando que esse tipo de ataque é porque essa universidade foi palco de luta e resistência contra o golpe, de ter vivenciado uma campanha contra o fascista Bolsonaro e seus representantes. Está cada vez mais claro que estamos vivendo em tempos de repressão, porém, a questão é saber se iremos deixar ou iremos defender as liberdades democráticas duramente conquistadas no nosso país.
Gabriela Valentim, Salvador