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RIO GRANDE DO NORTE Conforme a Sesape, devido ao descarte incorreto do lixo combinado às chuvas, já era de se esperar que os casos da doença aumentassem tanto. No mês passado, o acréscimo foi de 36% em relação a 2018, mas hoje já está em 121% comparado a esse mesmo ano e 97 municípios apresentaram risco de surtos. Entretanto, segundo a 25ª semana epistemológica, os possíveis casos de Zika diminuíram em 52% e os de Dengue diminuíram em 63%, mas o mosquito responsável por essas três doenças é o mesmo (Aedes aegypti). Porém, os casos de dengue, muitas vezes, não chegam aos hospitais devido à preferência dos contaminados em tratar a doença em casa.
É dever do poder público tomar as atitudes para preservar a saúde pública e a atuação do governo em conjunto com políticas ambientais que é a determinante principal na redução dos casos e no combate a esse mosquito, principal transmissor dessas três doenças. Todavia, o aumento dos casos revela a negligência das prefeituras e do Governo Federal.
Uma maneira de combater essas patologias é a utilização de “carros fumacê” que eliminam os mosquitos pulverizando inseticida, mas o Governo Federal não os envia no prazo correto, como acontece desde o início do ano. Isso ocorre porque os estoques do inseticida ainda são os mesmos do ano passado e sua aplicação local foi racionalizada pelos critérios mais rígidos.
Não é de agora que há essa negligência com o RN e outros estados do nordeste. O Governo Bolsonaro, evidentemente, procura fazer pressão contra nós, pois fazemos parte dos estados do Brasil que não o elegeram, além do seu extremo antipetismo por conta da atual governadora, filiada ao PT. Essa disputa política está custando a saúde de diversos nordestinos para que, no futuro, ele possa culpar os governos das regiões que não votaram nele. Isso só demonstra seu caráter despótico e o jogo desonesto que faz conosco.
Valmir Guerra
Unidade Popular Pelo Socialismo