Cajá falou sobre sua trajetória política, Manoel Lisboa de Moura e a luta contra a ditadura militar no Brasil instalada em 1964.
Redação Pernambuco
Jornal A Verdade
Foto: TV Diário do Sertão
Em uma entrevista à TV Diário do Sertão ao apresentador José Dias Neto, o sociólogo e militante político, Edival Nunes Cajá, contou toda a sua trajetória de vida, suas experiências e as torturas que sofreu durante a ditadura militar.
Ele explicou que no início da década de 70 foi para Recife, onde fortaleceu ainda mais sua experiência como líder estudantil, época em que ele conheceu Dom Hélder Câmara, então arcebispo de Olinda e Recife-PE. Era chamado de Cajazeiras por amigos, foi então que Dom Heldér Câmara resolveu chamá-lo de Cajá, e ficou, todo mundo passou a chamá-lo assim. No dia 12 de maio de 1978, Cajá foi sequestrado por agentes da ditadura, sendo submetido à torturas durante 3 dias e mantido em cárcere privado por 12 meses. Quando passou por momentos difíceis.
Ele contou detalhes de como ocorriam as torturas da ditadura militar. e criticou o atual presidente Jair Bolsonaro: “Ele aparece para cumprir um papel sujo de retirar as conquistas sociais, submeter a nossa economia, o nosso mercado ao mercado Norte Americano de uma maneira que enoja, batendo continência para a bandeira dos Estados Unidos, colocando seu filho como embaixador do Brasil nos Estados Unidos para poder fazer negócios escusos”, afirmou o sociólogo.
Atualmente, depois de 41 anos da prisão, Cajá segue construindo o Partido Comunista Revolucionário, mesmo Partido pelo qual lutaram e morreram defendendo Manoel Lisboa, Manoel Aleixo, Amaro Felix Pereira, Emmanuel Bezerra e Amaro Luiz de Carvalho. A ditadura militar acabou mas não conseguiu destruir o PCR e nem a moral revolucionária de Cajá e de seus militantes.
Ao final da entrevista, Cajá foi presenteado por José Dias Neto com um exemplo de um livro que remonta a história de Cajazeiras em quadrinhos, o exemplo ‘A vida do Padre Rolim em quadrinhos’.
Foto: TV Diário do Sertão
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