O vazamento de óleo em prais do nordeste é a demonstração de como o fascismo se posiciona diante dos problemas ambientais.
Raphael Assis
Foto: Reprodução/Felipe Brasil
BRASIL – Já chega perto de dois meses a duração do que foi considerada a maior catástrofe ambiental ocasionada por derramamento de óleo na história do Brasil, e a omissão do governo do fascista Jair Bolsonaro (PSL) sobre o caso apenas confirma o que já vinha sendo sinalizado desde as gigantescas queimadas que atingiram a Amazônia este ano: é preciso, de forma urgente, defender o meio ambiente e o nosso ecossistema contra os interesses econômicos dos grandes monopólios financeiros e contra o Fascismo.
Desde o fim de agosto, mais de 2 mil quilômetros de litoral pertencentes a nove estados do Nordeste foram atingidos por manchas de óleo e petróleo em estado líquido, pondo em risco a fauna e a flora marítimas, bem como a saúde das populações que vivem nas regiões afetadas pelo vazamento. Porém, mesmo sendo este um quadro de extrema urgência, sobre o qual o Governo Federal deveria adotar práticas de resolução em regime de alta prioridade, sabemos que o fascista Jair Bolsonaro vem se mostrando omisso sobre o tema, desde que utilizou o desastre como palanque político e acusou a Venezuela como responsável pelo vazamento, sem nenhum tipo de provas ou evidências.
Foto: Reprodução/ADEMABarril de petróleo da empresa SHELL encontrado no litoral do Sergipe.
A questão é que as investigações seguem lentas, e a Marinha e o IBAMA ainda não conseguiram concluir quais seriam as causas verdadeiras de tamanha catástrofe, ainda mais depois que dois barris ainda cheios de petróleo, pertencentes à empresa Shell e produzidos em Dubai pela Shell Markets, foram encontrados boiando em regiões próximas das áreas afetadas, fato sobre o qual Bolsonaro ainda não teve a decência de se pronunciar.
Como se não bastasse, em abril deste ano, o presidente fascista excluiu, por meio de decreto, dois comitês que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água (PNC), instituído em 2013, pelo governo Dilma Rousseff (PT), o que, segundo o IBAMA, é a principal causa de tamanha demora na apuração dos fatos e na solução dos problemas enfrentados pelas regiões atingidas.
Foto: Reprodução/Wellington PereiraMoradores de Pernambuco fazem mutirão de limpeza das praias.
Enquanto o presidente despeja Fake News e negligencia medidas eficazes que deveriam estar sendo tomadas para frear a destruição, o povo unido tem feito muito mais do que o governo fascista, organizando mutirões de limpeza nas praias, como o que aconteceu em Carneiros (PE), já que as populações locais dependem economicamente da vida turística desses lugares que sofrem com a tragédia.
Isso tudo nos mostra que, mais que nunca, é preciso estarmos atentos aos ataques que a ganância desenfreada por lucros e a má administração dos nossos recursos ocasionam ao meio ambiente. O fascismo, sendo a face mais terrorista de uma burguesia disposta a tudo por dinheiro, precisa ser combatido fortemente para que consigamos salvar nossas fauna e flora das grandes empresas privadas e do capital.