Reportagem anexada na edição 223 do jornal impresso, página 06.
Redação
Foto: Jornal A Verdade
ESPÍRITO SANTO – O Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport) declarou greve no dia 28 de novembro, com paralisação de 12 horas, fechando todas as entradas dos portos de Vitória e Capuaba.
A reivindicação é pela assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, que foi aprovado.
Os trabalhadores também cobram posição do governo em relação aos trabalhadores que podem ser demitidos, caso a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) seja privatizada, ameaça constante nos últimos tempos, especialmente sob o governo entreguista de Jair Bolsonaro.
Ainda existem demandas como as questões relativas ao plano de saúde e à previdência complementar, já com problemas, que podem se agravar ainda mais com a privatização ou a imposição em acordos de trabalho.
“Nossa expectativa é que haja comprometimento dos governantes com as garantias dos trabalhadores portuários empregados nas companhias docas e dos trabalhadores avulsos registrados e cadastrados nos Ogmos (Órgãos Gestores de Mão de Obra)”, disse o presidente do Suport, Ernani Pereira Pinto.
A greve contou com participação de membros do Suport, principalmente de sua diretoria, membros da Unidade Popular e do Movimento Luta de Classes no Espírito Santo.
Durante todo o dia, a entrada e a saída de funcionários foi controlada para que apenas o mínimo funcionasse, especialmente, os trabalhadores do setor financeiro, que fariam a folha de pagamento naquele dia.
Privatização Prejudica a Sociedade
A luta dos portuários visa a manter o fim social do Porto de Vitória, que será posto de lado com a privatização, além dos riscos de acidente ambiental, perda de direitos trabalhistas e redução salarial. “A privatização afetará toda a sociedade, desde o pequeno e médio produtor capixaba, até a população em geral. Já que nenhuma empresa privada tem obrigação de ter um papel social ou interesse com o povo. É hora de a classe trabalhadora se organizar, proteger seus interesses e o interesse nacional.”, afirmou Cristyan Costa, representante do MLC no ato.
Não só a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) está ameaçada, como outras companhias de docas e portos públicos pelo Brasil. Mas a ameaça tem sido enfrentada com coragem e disposição de luta pelos sindicatos locais, que, além de defenderem os próprios interesses, apoiam as lutas dos sindicatos irmãos ao longo do Brasil.