Redação Piauí
Jornal A Verdade
Devido à atual situação em que o mundo se encontra, em meio à pandemia da Covid-19, em que a disseminação de fake news, a falta de informação tem afetado diretamente a todos, com impacto acentuado em pessoas que sofrem com crises de ansiedade e/ou de pânico. O isolamento social, que é necessário agora, acaba por piorar ainda mais esse quadro de desinformação e medo.
Pensando nisso e na necessidade de compreensão de quais fatores levaram a esse contexto social , o jornal A Verdade está fazendo uma programação com indicações de textos e filmes para ajudar na formação política de seus leitores no período da quarentena.
LEIA MAIS: Programa de Formação Política Para a Quarentena
Divulgaremos essa programação a cada dois dias aqui em nosso site. Confira a indicação para as próximas 48 horas.
39º DIA:
Olga Benário
“Lutei pelo justo, pelo melhor do mundo”
A Biografia de Olga Benário foi publicada na edição de nº 4 do Jornal A Verdade onde relata sobre a trajetória de vida e luta dessa grande mulher revolucionária.
Desde muito nova era interessada pelas causas sociais e com 15 anos pediu para participar da Juventude Comunista Alemã, desde então expressando características de uma destacada comunistas, liderou com apenas 20 anos uma ação vitoriosa com meia dúzia de jovens com idade entre 15 e 20 anos, renderam guardas e juízes libertaram da prisão de Moabit um preso acusado de alta traição, o militante do PC alemão Otto Braun.
Olga foi uma grande dirigente comunista cumprindo tarefa de fazer a segurança de Luís Carlos Prestes na volta ao Brasil e contribuindo no processo da insurreição de 1935. Uma revolucionária sem vacilações, mesmo pressa no Brasil e posteriormente deportada para os campos de concentração nazista, se mostrou firme até o último instante.
O Jornal A Verdade ao final da biografia colocou à disposição do leitor a última carta de Olga feita no campo de concentração horas antes de ser assassinada.
ARQUIVOS: Olga Benário – formatado
FILME
As Sufragistas
Em 1912 as mulheres inglesas sofriam todos os tipos de opressões, não podiam disputar a guarda dos filhos, não podiam administrar os próprios bens e muito menos ter direito ao voto. O filme As Sufragistas conta como essas mulheres foram pioneiras e importantes para a aquisição desse direito e quão grandes foram seus sofrimentos.
A protagonista é a lavadeira Maud Watts, interpretada pela atriz Carey Mulligan, que enfrenta longas jornadas diárias de trabalho, ganha salário menor do que os homens e ainda tem como suas tarefas o cuidado da casa, do marido e do filho pequeno.
Maud que até então não tinha nenhuma formação política acaba descobrindo e auxiliando um grupo de mulheres que realizavam atos quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais para que as mulheres também tivessem o direito ao voto. Maud enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.
1h 47min / Drama, Histórico
Direção: Sarah Gavron
LINK NO YOUTUBE:
TRAILER:
https://www.youtube.com/watch?v=e88IJJv7PLQ&t=1s
FILME:
https://www.youtube.com/watch?v=VTTy39nxGc4&t=741s
40º DIA:
TEXTO
Prefácio à Crítica da Economia Política
Karl Marx
“Não é a consciência dos homens que determina o seu ser;
Ao contrário, é o ser social que determina sua consciência”
Prefácio construído de forma a deixar um convidativo esboço sobre o conteúdo do livro, traz um recorte da época em que foi escrito e cita algumas dificuldades sofridas pelo autor, que na prática ajudaram a temperar melhor a obra.
Apresenta a revisão crítica da Filosofia do Direito, de Hegel, onde apresenta precisamente que “as relações jurídicas, bem como as formas do Estado, não podem ser explicadas por si mesmas, nem pela chamada evolução geral do espirito humano; essas relações te, ao contrário, suas raízes nas condições materiais de existência, em suas totalidades”
Traz um recorte denso, sobre a economia política que estrutura o sistema capitalista, de forma rápida porém é capaz de exibir a nu o processo de evolução das sociedade humanas e aponta o caminho que a atual civilização deve seguir, citando obras fundamentais para compreensão do sistema capitalista
ARQUIVOS: Prefácio Contribuição Economia Política – Karl Marx Formatado
FILME
Privatizações: a distopia do capital
Silvio Tendler
Privatizações: a distopia do capital (2014), dirigido por Silvio Tendler, e produzido pela Caliban, com apoio do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), é um documentário sobre a venda de ativos públicos, desmonte e alienação das empresas estatais brasileiras e dos recursos naturais do Brasil, desde a Era Vargas.
O objetivo do cineasta é trazer para o debate público os discursos hegemônicos que permeiam as políticas econômicas neoliberais sobre estado mínimo, além de traçar um panorama histórico dos processos de privatizações que o país sofreu, vítima desta política.
Os filmes de Tendler, têm a preocupação de refletir sobre o futuro. Neste caso, a ideia é discutir a possibilidade de reconstrução do estado brasileiro. O cineasta argumenta que após a ditadura, os primeiros presidentes eleitos pelo voto direto enfraqueceram o estado: “Primeiro o Collor, depois o FHC. Venderam a Embratel, a Vale do Rio Doce, foi uma tragédia, perderam a CSN, que foi feita com o esforço do povo brasileiro. O Brasil inteiro teve todo um esforço coletivo para industrializar o país e destruíram tudo, venderam a preço de banana”. Apresenta clara crítica ao projeto neoliberal e o papel que cumpre no enfraquecimento da industrialização brasileira e na retirada dos diretos do povo.
56min / Documentário
Direção: Silvio Tendler
LINK NO YOUTUBE:
FILME:
https://www.youtube.com/watch?v=xJPCKjT0XXk&t=23s