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domingo, 24 de novembro de 2024

Fascista agride repórter em Barbacena

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Por Guilherme Piva

BARBACENA/MG – O repórter cinematográfico Robson Panzera, da TV Integração foi atacado enquanto fazia imagens da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) em Barbacena. A Escola de formação de oficiais da Força Aérea, que manteve as aulas presenciais quando a cidade já estava em quarentena, já contabiliza sete contaminados pelo coronavirus, entre alunos e professores.

Panzera gravava em frente à escola, quando um homem passou de carro e gritou “Globo lixo”. Em seguida, desceu do carro e partiu pra cima do repórter, o agrediu, danificou seu equipamento e fugiu, conforme relatou a colega de trabalho, Thaís Fulin:
“Ele bateu com o tripé no dedo do cinegrafista, chutou a câmera no chão, e foi embora, antes da chegada da polícia. Depois, passou de carro novamente pelo local e o indicamos para os policiais. Ele foi detido e tentou justificar as agressões, dizendo: ‘Agredi mesmo’”.

O agressor é o empresário Leonardo Rivelli, sócio da Massanobre Produtos Alimentícios Ltda. e responde acusação penal de burlar o pagamento de ICMS, um imposto estadual. A empresa, em nota, diz que ele não é sócio há mais de 10 anos. Em 2013, o Ministério Público de Minas Gerais começou a investigá-lo por sonegação e em dezembro de 2016 o MP ofereceu denúncia à Justiça. A sonegação ocorreria desde 2009 seria cometida pela administração da Massanobre.

Escola de formação de oficiais sob investigação

Após pais de alunos denunciarem que a EPCAr estaria submetendo os jovens a risco de contágio, o Conselho Tutelar de Barbacena encaminhou denúncia ao Ministério Público Federal, ainda em Abril. O MPF de São João del Rei investiga a conduta da escola.

Um professor, que teve a identidade preservada, denunciou à TV Integração: “(…) inicialmente, no dia 19 de março as aulas foram suspensas, mas uma parte foi retomada no dia 6 de abril e o restante foi retomado depois da Páscoa. Essas aulas foram retomadas em grande parte de forma presencial, através de aulas lecionadas por professores militares. São cerca de 25 professores militares que estão entrando e saindo praticamente todos os dias da escola para poderem dar estas aulas, mais quatro professores civis que se voluntariaram e quiseram continuar nas aulas presenciais”. Os demais professores civis se recusaram a seguir trabalhando.

Após a denúncia do Conselho Tutelar, o MPF encaminhou determinação para uma inspeção na EPCAr, juntamente com profissionais da Vigilância Sanitária municipal. A inspeção teria sido realizada no dia 12 de maio. Foi observado alunos usando máscaras, mas sem o devido espaçamento de segurança e só havia álcool gel na área de alimentação, além de alunos apresentando síndrome gripal.

No dia 1º de maio, o Jornal A Verdade denunciou com exclusividade a negligência da escola, divulgando na reportagem vídeo registrado por um morador que mostrava alunos jogando futebol. O relato do professor confirma a denúncia do JAV de que a EPCAr expôs os alunos e cometeu crime contra a saúde pública.

Veja abaixo o vídeo com a agressão do fascista.

 

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