Trabalhadores sofrem descaso em Sergipe

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A equipe do Jornal A Verdade vem recebendo diversas denúncias sobre o descaso com a vida dos trabalhadores da empresa de teleatendimento Alma Viva na cidade de Aracaju, no estado de Sergipe. Segundo a nota da empresa, estão trabalhando 30% do efetivo, que gira em torno de 1.600 trabalhadores. A nota também afirma que a empresa gastou mais de R$ 9 milhões em equipamentos de segurança e higiene.

Porém, segundo relatos enviados ao jornal, os trabalhadores estão levando suas máscaras e álcool em gel e o ambiente de trabalho está sendo limpos pelos próprios funcionários, ou seja. Também não está sendo respeitado o distanciamento mínimo entre os trabalhadores e a empresa tem feito vários passarem da hora de trabalho sem a devida remuneração. Por isso, no dia 1° de maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, militantes da Unidade Popular, da União da Juventude Rebelião e do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas foram à empresa para conversar com os trabalhadores.

“A empresa não está dando máscaras. Tinha muita gente que estava trabalhando de Home Office que eles chamaram para fazer um treinamento para ir para outro setor. A Organização Mundial da Saúde – OMS, indicou o mínimo possível de contato físico, mas a gente estava numa sala de aula com muitas pessoas sem uso de máscaras e tinham trabalhadores que nem sabiam usar as suas máscaras. A gente não vai começar a trabalhar no Home Office, mesmo depois de ter comprado computador só para isso. Ainda teremos que ficar mais um mês para pegar a prática de um novo trabalho, com mais contatos físicos naquela sala, o que não é recomendado.” Denúncia anônima.

A Alma Viva responde a vários processos trabalhistas e até criminais. Não é de hoje que sua ganância de lucros prejudica a vida dos trabalhadores sergipanos, em sua maioria jovens, mães, que se veem reféns desse trabalho degradante. Adquirem depressão e demais doenças psicossomáticas. Denúncias de abuso sexual, grávidas que perderam seus filhos, etc. Isso resume o caráter do sistema capitalista, para o qual o lucro está acima da vida.

Os trabalhadores foram muito receptivos, como sempre, ao jornal A Verdade, reconhecendo-o como um canal de denúncia e organizador político. Por isso, queremos dizer a todas e a todos que continuem denunciando, tirem fotos, gravem vídeos, mandem áudios. Diversos trabalhadores fizeram denúncias na na brigada do Jornal.

Estamos aqui para demonstrar que, se milhares de trabalhadores pararem a empresa, ela será obrigada a recuar e parar de expor ao risco de morte o nosso povo. A única língua que o patrão entende é a da greve!

Redação Sergipe