Após meses de pandemia, a universidade ainda não deu nenhuma resposta concreta aos estudantes que exigem redução das mensalidades. Estudantes, entretanto, passaram de manifestos e agitação nas redes sociais para atos simbólicos.
Redação São Paulo
MOGI DAS CRUZES/SP – Estudantes da Universidade Mogi das Cruzes (UMC) realizaram no último sábado (11) um ato simbólico na frente da instituição exigindo a redução das mensalidades. O ato faz parte da mesma campanha de meses atrás iniciada pelos estudantes de Design Gráfico e que se espalhou para os demais cursos da universidade.
No início dessas férias, a universidade demitiu cerca de 120 professores e 30 funcionários, porém há certa incerteza no número exato de trabalhadores demitidos.
A demissão em massa teve grande impacto entre os estudantes, pois a universidade se recusava a diminuir a mensalidade alegando que, caso fizesse, “que a redução das mensalidades, como pleiteada, afetaria todos os professores, funcionários administrativos, prestadores de serviços, provocando uma série de demissões, o que seria uma latente irresponsabilidade administrativa da Instituição neste momento.”
Mesmo não reduzindo nenhum centavo das mensalidades, a universidade promoveu ao que eles nomearam anteriormente de “irresponsabilidade administrativa” e enfureceram os estudantes e até mesmo entidades estudantis aparelhadas pela universidade que decidiram estender uma faixa que dizia: “Reduz UMC! Lucrar com a pandemia é desumano!”.
O ato simbólico foi uma resposta para a instituição que se recusa, assim como diversas outras universidades privadas, a reduzir as mensalidades em meio a pandemia.
Começou quando dois estudantes abriram a faixa na frente da principal entrada da universidade, o que chamou atenção de funcionários e seguranças. Durante o ato, funcionários da universidade demonstraram seu apoio e ainda o medo de mais demissões.
Quando o ato tomou as ruas, carros e motos buzinavam apoiando a luta dos estudantes, assim como um advogado parou seu trajeto só para conversar com os manifestantes e demonstrar seu apoio político e jurídico.
Após isso, os manifestantes prenderam a faixa entre dois postes de frente para a universidade e dispersaram, carros ainda buzinavam em apoio e levantavam punhos muitas vezes.