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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Pré-candidatos da Unidade Popular em Florianópolis

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CANDIDATURAS DO POVO – Julia Ew e Matheus Menezes representam a Unidade Popular em Florianópolis (Foto: Reprodução/Jornal A Verdade)

Redação Santa Catarina 
Jornal A Verdade

FLORIANÓPOLIS (SC) – A situação não está fácil para o povo pobre e trabalhador de Florianópolis. Os baixos salários não acompanham o preço necessário para viver na “Ilha da Magia”. O aluguel é um dos mais caros do país e a cesta básica é a terceira mais cara entre as capitais. Além disso, o transporte público é caro e ineficiente. E, em plena pandemia, o desemprego só cresce, fazendo com que muitos estejam trabalhando na informalidade, sem nenhuma garantia do amanhã.

A Unidade Popular, partido surgido da luta do povo para que este possa, com suas próprias forças, sem dinheiro de banqueiros e empresários, se organizar para construir uma realidade diferente, está lançando, em Florianópolis, dois pré-candidatos à Câmara dos Vereadores.

Júlia Ew: Mulher, Jovem e Revolucionária

Júlia Andrade Ew é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, tem 22 anos e recentemente foi eleita presidenta do Diretório Estadual da UP e anunciada como pré-candidata a vereadora da capital catarinense.

Hoje mestranda em Psicologia na área da saúde, trabalha com saúde mental da população dos imigrantes. Júlia militou no movimento estudantil da UFSC, em defesa da universidade pública, atuando no Centro Acadêmico do seu curso e participando ativamente da greve estudantil contra o programa “FUTURE-SE”, que estava sendo implementado pelo fascista Bolsonaro e seu ministro fugitivo Abraham Weintraub.

Já no Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Júlia passou a lutar por uma profunda Reforma Urbana, com a construção de moradias populares e a ocupação de terrenos e prédios abandonados, que não cumprem função social, para pôr fim ao déficit habitacional em Florianópolis.

Também é coordenadora do Movimento de Mulheres Olga Benario, lutando por políticas e equipamentos públicos para as mulheres. “Chega de construir uma cidade apenas para os ricos usufruírem. As mulheres, a juventude e o povo pobre, ou seja, os que verdadeiramente movimentam a nossa cidade, precisam ter todos os seus direitos garantidos”, afirma Júlia Ew.

Matheus Menezes: Preto, Pobre, da Periferia

Matheus Menezes tem 23 anos, é estudante de Ciências Sociais na UFSC. Atualmente é secretário-geral da Unidade Popular em Florianópolis e foi escolhido para representar o partido como pré-candidato a vereador na cidade.

Militante do Movimento Correnteza, que atua em defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, Matheus também é diretor da atual gestão do Centro Acadêmico de seu curso. Participou ativamente da última greve estudantil na UFSC.

Da cena do samba, Matheus defende para Florianópolis um maior incentivo à cultura popular. Com poucas opções de lazer que sejam gratuitas, são os jovens mesmo que se organizam e realizam batalhas de rap, rodas de samba, saraus de rua. Sem oferecer qualquer alternativa, a resposta das autoridades é uma só: repressão policial em cima da juventude pobre, preta e periférica. Matheus defende a valorização de cada uma dessas iniciativas, para que cada jovem tenha o direito à arte, cultura e lazer.

“É preciso reformular as linhas de ônibus já existentes, criar outras que atendam os morros e as periferias de Florianópolis e implementar o passe-livre estudantil. Só assim os jovens pobres terão acesso à escola e universidade, aos empregos e ao lazer em nossa cidade”, afirma o pré-candidato.

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