Venezuela à beira de um ataque imperialista dos EUA

245
NA MIRA DE TRUMP – Governo venezuelano é uma pedra no caminho dos EUA para dominação total da América Latina (Foto: Reprodução)

Redação Rio de Janeiro
Jornal A Verdade

CARACAS – Numa clara demonstração de desespero eleitoral, o governo Trump prepara um ataque militar a Venezuela sob o pretexto de “devolver a democracia ao país”. Para justificar tal posição, Trump, sem comprovação alguma, acusa o governo Maduro de ser ligado ao narcotráfico, ao terrorismo e ser um risco à segurança da região.

É óbvio que as afirmações imputadas a seus “inimigos” pelo genocida da Casa Branca são uma transferência dos valores produzidos por ele mesmo e por todos os governos anteriores dos EUA, que sempre praticaram a guerra, os golpes de Estado, os assassinatos de seus opositores pelo mundo, o terrorismo e todo tipo de diplomacia bélica e econômica como forma de dominar e submeter a maior parte do planeta aos interesses dos grandes monopólios que dirigem o país.

Essa política contra estados soberanos, mais fracos militarmente e não totalmente alinhados aos EUA, às vésperas das eleições presidenciais, tornou-se uma constante e uma cortina de fumaça para promover invasões e saques às riquezas naturais desses países por parte do imperialismo norte-americano e carta na manga das campanhas eleitorais. Foi assim com Iraque, Líbia, a “guerra contra a Al Qaeda”, etc.

Dessa forma, Donald Trump se vê obrigado a recrutar mercenários e apoio dos exércitos dos países fronteiriços a Venezuela para realizar sua aventura eleitoral e militar sem comprometer os jovens eleitores americanos com ela.

No caso específico da Venezuela, essa aventura pode se virar contra os EUA e seus fantoches latinos e caribenhos como Brasil, Colômbia, Suriname e Guiana, pois a defesa venezuelana é composta de armamentos sofisticados e de alto poder de fogo, além de uma frota aérea que nada fica devendo aos aviões norte-americanos de último tipo.

O mais importante, no entanto, em termos de autodefesa, é a formação de um exército popular de mais de 2 milhões de homens e mulheres dispostos a defender sua pátria sob qualquer situação.

Caso prossigam com seus planos, os EUA promoverão uma desmoralização política e militar para seus aliados, especialmente Brasil e Colômbia, duas grandes nações latinas que há séculos praticam políticas de não ingerência militar a países vizinhos, pois sofrerão uma derrota vergonhosa na medida em que suas forças armadas não estão preparadas e em condições de participar de uma jornada deste porte.

Por outro lado, o povo estadunidense sabe muito bem o que significou a agressão ao Vietnã para seu país do ponto de vista militar. O que pode se dar na Venezuela será algo pior, já que, além das condições militares dos venezuelanos serem bem superiores às dos vietnamitas, diversos países da região estão entrando em uma aventura que não sabem as consequências que poderão advir dela no seu interior e como seus povos reagirão a uma guerra na América Latina, que tem como objetivo central dominar o país com a maior reserva de petróleo do mundo e fincar o pé na Amazônia, a maior diversidade de fauna, flora e água do mundo, definitivamente.