UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 2 de novembro de 2024

Carta | “Como conheci a União da Juventude Rebelião”

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Isabela Lacerda

SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) – Nasci no ABC paulista, especificamente em São Bernardo do Campo. A história da minha região é de luta: resistimos à ditadura militar, à prisão política do ex-presidente Lula e seguimos resistindo ao governo fascista de Jair Bolsonaro. Entretanto, o Estado burguês se esforça para apagar nosso legado e despolitizar a vida dos jovens da região e do Brasil inteiro. Sabendo disso, a UJR promove colagens e pichações nos muros pelo país, instigando a revolta da nossa juventude e denunciado o governo que favorece apenas uma minoria rica.

Com as exaustivas horas de trabalho e estudo a que somos submetidos, quase nunca sobra tempo para refletirmos e estudarmos sobre a sociedade em que vivemos. Entretanto, ver as ruas pintadas com palavras de ordem contra o sistema nos lembra porquê estamos nessa situação e como devemos superá-la, ou seja, coletivamente e visando o socialismo.

As pichações têm um papel importante na nossa história: do mesmo jeito que era um instrumento de denúncia muito usado durante a ditadura militar, é, hoje em dia, um jeito de garantir que nossas ideias cheguem para todos e também uma maneira de divulgar o trabalho anticapitalista que estamos construindo.

Foi através de uma parede com os escritos “Lute pelo socialismo! UJR” que eu conheci a organização. Nunca passou pela minha cabeça que existia uma juventude combativa que lutava pelo povo trabalhador e pela supressão do sistema capitalista, mas quando li o convite na rua da minha cidade fui procurar saber o que era a UJR. Assim, pelas redes sociais tive oportunidade de entrar em contato com militantes da minha região e me organizar politicamente para somar na luta.

A burguesia tem milhares de outdoors por todos os cantos, para vender seus produtos e propagandear sua ideologia. Nós, que não temos dinheiro, nem financiamento, realizamos as pichações e pinturas com nossas próprias mãos, para que a classe trabalhadora saiba que existem pessoas lutando pela sua libertação, pela construção de uma sociedade socialista!

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