UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Carta | “Como conheci a União da Juventude Rebelião”

ENVIE SUA CARTA – O Jornal A Verdade também é construído com as cartas e opiniões da classe trabalhadora. (Foto: Thales Caramante/Jornal A Verdade)
Isabela Lacerda

SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) – Nasci no ABC paulista, especificamente em São Bernardo do Campo. A história da minha região é de luta: resistimos à ditadura militar, à prisão política do ex-presidente Lula e seguimos resistindo ao governo fascista de Jair Bolsonaro. Entretanto, o Estado burguês se esforça para apagar nosso legado e despolitizar a vida dos jovens da região e do Brasil inteiro. Sabendo disso, a UJR promove colagens e pichações nos muros pelo país, instigando a revolta da nossa juventude e denunciado o governo que favorece apenas uma minoria rica.

Com as exaustivas horas de trabalho e estudo a que somos submetidos, quase nunca sobra tempo para refletirmos e estudarmos sobre a sociedade em que vivemos. Entretanto, ver as ruas pintadas com palavras de ordem contra o sistema nos lembra porquê estamos nessa situação e como devemos superá-la, ou seja, coletivamente e visando o socialismo.

As pichações têm um papel importante na nossa história: do mesmo jeito que era um instrumento de denúncia muito usado durante a ditadura militar, é, hoje em dia, um jeito de garantir que nossas ideias cheguem para todos e também uma maneira de divulgar o trabalho anticapitalista que estamos construindo.

Foi através de uma parede com os escritos “Lute pelo socialismo! UJR” que eu conheci a organização. Nunca passou pela minha cabeça que existia uma juventude combativa que lutava pelo povo trabalhador e pela supressão do sistema capitalista, mas quando li o convite na rua da minha cidade fui procurar saber o que era a UJR. Assim, pelas redes sociais tive oportunidade de entrar em contato com militantes da minha região e me organizar politicamente para somar na luta.

A burguesia tem milhares de outdoors por todos os cantos, para vender seus produtos e propagandear sua ideologia. Nós, que não temos dinheiro, nem financiamento, realizamos as pichações e pinturas com nossas próprias mãos, para que a classe trabalhadora saiba que existem pessoas lutando pela sua libertação, pela construção de uma sociedade socialista!

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes