Biana Politto, Layse Yamauti e Sabrina Ferreira
SÃO PAULO (SP) – A realidade em que vivem os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados, como a dona Maria e a dona Rosa, é de sonegação de direitos por parte dos patrões. Desde o não cumprimento do depósito do fundo de garantia à falta de pagamento de rescisão, atraso de salários, atraso ou falta do pagamento do 13º, dificuldade para tirar férias (há casos de trabalhadores que ficam até cinco anos sem férias) e, por fim, demissão injusta e injustificável.
O auxílio-creche geralmente as trabalhadoras não recebem. O auxílio-alimentação da empresa Guima é de exatamente R$ 110,94, ao mesmo tempo que o preço do arroz subiu no último mês até 300%, chegando a custar inacreditáveis R$ 40,00!
Quantas refeições mais caras que R$ 110,94 a família Bolsonaro deve fazer em um único dia? Quanto dinheiro os patrões das empresas lucram em cima de cada jornada de trabalho dos trabalhadores terceirizados? O objetivo da terceirização irrestrita é gerar ainda mais lucros aos que esbanjam essa riqueza e poder.
Essa situação relatada deixa mais escancarado que os patrões e esse governo não se importam com a vida dos trabalhadores. Nos exploram, nos humilham, roubam o nosso dinheiro e deixam o povo, que só tem a própria força de trabalho para poder pagar as contas e sustentar a família, cada vez mais abandonado. Está na hora de virar o jogo! Se você é um trabalhador ou uma trabalhadora terceirizada, se organize ao lado daqueles que, como nós, desejam pôr fim de uma vez por todas à desigualdade que existe entre aqueles que trabalham e aqueles que se apropriam do trabalho alheio.