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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Ato contra a intervenção de Bolsonaro na Universidade Federal do Piauí

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MANIFESTAÇÃO – Estudantes e movimentos sociais organizaram um ato contra intervenção de Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Jornal A Verdade)
“Mais uma vez Jair Bolsonaro vem fazendo o desmonte na educação, assim como o Reitor empossado que não foi eleito pela comunidade acadêmica e muito menos pelo Conselho Universitário. Nós não aceitaremos um reitor que de fato não foi eleito, não aceitaremos um golpe na nossa Universidade!”
Redação Piauí
Jornal A Verdade

TERESINA (PI) – Estudantes realizam protestos em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI), nesta terça feira (23), contra a intervenção do governo Bolsonaro, que deliberadamente escolheu o candidato a Reitor que ficou em terceiro lugar na consulta feita pela comunidade acadêmica.

O ato contou com faixas com dizendo: “Fora interventor da UFPI!”, “Gildásio interventor de Bolsonaro!” e “Pela autonomia universitária!” e muitas falas denunciando este retrocessos. Ellica Ramona, presidente da União Estadual dos Estudantes do Piauí (UEE-PI) e estudante de Ciências Sociais da UFPI denúncia: 

“Mais uma vez Jair Bolsonaro vem fazendo o desmonte na educação, assim como o reitor empossado que não foi eleito pela comunidade acadêmica e muito menos pelo Conselho Universitário. Nós não aceitaremos um reitor que de fato não foi eleito, não aceitaremos um golpe  na nossa universidade. É um ato em defesa da autonomia universitária e da democracia, reafirmamos que não reconhecemos o interventor empossado e estaremos em luta contra os desmontes da educação em todos os setores.”

O Diretório Central dos Estudantes (DCE), junto com os Centros Acadêmicos (CAs) decidiram em reunião de Conselho de Entidade de Base repudiar essa decisão do governo Bolsonaro que não acolhe aos direitos democráticos da universidade.

Sabe-se que isso não é um caso isolado, diversas universidades como UFC e UFPB tiveram suas reitorias nomeadas por Bolsonaro, isso faz parte de um projeto nacional que oriente as universidades do Brasil a um processo de privatização e sucateamento da educação pública. Além disso, busca-se também perseguir e censurar diferentes formas de produzir conhecimento ameaçando professores e estudantes que lutam em defesa da educação pública e gratuita.

No dia 17 de novembro (terça feira) Jair Bolsonaro nomeou a reitor o segundo colocado da lista tríplice para ser o novo reitor da Universidade Federal do Piauí, mostrando assim, mais uma vez, o seu descomprometimento com a democracia. O processo aconteceu no dia 12 de agosto e teve cinco chapas. Tudo aconteceu de forma online e a chapa escolhida pela comunidade da UFPI foi a chapa 04 dos professores André Macedo e Carlos Sait com 45,03% dos votos, em seguida a Chapa 03 com os professores Nadir Nogueira e Marcos Lira com 26,88% dos votos, e em terceiro colocado a chapa 02 com os professores Gildásio e Viriato com 20,87% dos votos da comunidade da UFPI. No Conselho Universitário, o terceiro colocado conseguiu articular para subir para o segundo lugar da lista tríplice.

MANIFESTAÇÃO – Estudantes e movimentos sociais organizaram um ato contra intervenção de Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Jornal A Verdade)

No dia 20 de novembro (sexta-feira) foi oficialmente confirmado a posse do interventor da UFPI, o prof. Gildásio Guedes através da escolha de Bolsonaro, ferindo a autonomia universitária e invalidando o processo eleitoral realizado a alguns meses atrás. Os estudantes da UFPI, convocaram toda a comunidade acadêmica para um ato “em defesa da autonomia universitária e da democracia”, reafirmando que não reconhecem o reitor empossado e que estão “em luta contra o desmonte da educação em todos os setores”.

Pedro Kardec, militante da União da Juventude Rebelião (UJR), por sua vez, manifestou as razões para a luta contra os ataques antidemocráticos do governo: “Mais uma vez Jair Bolsonaro vem fazendo o desmonte na educação, assim como o Reitor empossado que não foi eleito pela comunidade acadêmica e muito menos pelo Conselho Universitário. Nós não aceitaremos um reitor que de fato não foi eleito, não aceitaremos um golpe na nossa Universidade!”

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