Redação do Ceará
FORTALEZA – O Movimento de Lutas nos bairros, vilas e favelas – MLB realizou no dia 15 de dezembro, o ATO DO NATAL SEM FOME na capital cearense. O movimento ocupou a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos humanos do Governo do Estado do Ceará – SPS. Essa atividade faz parte da jornada Nacional de Luta por um Natal sem Fome e sem Miséria, que tem por objetivo denunciar para o conjunto da sociedade as injustiças existentes no capitalismo, esse sistema cruel que condena a maioria da humanidade à fome, não apenas no natal, mas durante todo o ano, pois a situação do nosso povo é grave.
Esse será um natal no qual a população mais pobre passará fome, pois com o fim do auxílio emergencial milhares de famílias não terão nem dinheiro para comprar comida. Segundo o IBGE, mais de 10 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, grande parte deles são crianças. Ainda segundo a pesquisa, quanto mais moradores viverem em um mesmo domicílio, maior será a chance de haver fome ali. Ou seja, a falta de moradia digna está diretamente ligada à fome. O governo Bolsonaro tem posto em prática uma política econômica perversa contra o povo pobre. A prova disso é o fim do auxílio de 600 reais, que deixará milhões de pessoas desamparadas.
Com participação de representantes dos 08 núcleos do MLB na cidade, uma comissão composta por cinco pessoas foi recebida pela Secretaria Executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da SPS, Lia Ferreira Gomes; a Assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais, Zelma Madeira e o Secretário Executivo da Proteção Social da SPS, Francisco José Pontes Ibiapina.
Na reunião foi colocada a situação das famílias e foi acordado pelos representantes do governo: 1. Cestas Básicas para as famílias do MLB; 2. Participação dos militantes do MLB em cursos profissionalizantes oferecido pela SPS; 3. Parceria com 03 projetos do MLB nas comunidades e 4. Tentar garantir uma audiência do MLB com o Secretário da Secretaria das Cidades.
“Estamos passando sufoco em nossas casas, pois nem sabemos o que será de nós no próximo ano sem este auxílio, por isso que o ato só foi vitorioso, devido a nossa organização recente no Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, demonstrando assim, que só à luta muda a nossa vida”, afirma Joelma Santos – militante do núcleo do Morro Santa Terezinha.
A manifestação foi fortalecida com participação também de militantes da Unidade Popular – UP; a União dos Estudantes da Região Metropolitana de Fortaleza – UESM; movimento Universitário Correnteza; da União da Juventude Rebelião – UJR e do Centro de Cultura Popular Manoel Lisboa do Ceará.