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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Moradores protestam contra o aumento da taxa da conta de luz em Mauá

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Trabalhadores se organizam para barrar tentativa projeto de lei que aumentaria energia elétrica às vésperas do Ano Novo. FOTO: Reprodução

O presente de Natal e o feliz ano novo do poder público de Mauá para o povo: o aumento da taxa da energia elétrica e a entrega de terrenos públicos para o interesse privado.

Amanda Bispo


MAUÁ – Hoje aconteceria uma sessão extraordinária da câmara de vereadores convocada para aprovação de que três projetos de lei em meio ao recesso da câmara, durante o fim de ano, as escuras.

Dois dos Projetos de Lei (108/2020 e 109/2020) propostos pelo Prefeito Átila Jacomussi (PSB), que perdeu as eleições municipais desse ano, entregam 45 terrenos públicos para serem vendidos a iniciativa privada. Segundo o prefeito em vídeo em suas redes sociais, os terrenos são pequenos, utilizados para casas, o que é uma mentira. São muitos terrenos de grande proporção entregues de mão beijada para grandes empresários poderem comprar enquanto a prefeitura não construiu nenhuma moradia popular em todo seu mandato. Os terrenos poderiam ser utilizados para construir creches, hospitais, escolas, centros de referência para mulher, entre outros serviços que o povo mauaense tanto precisa mas esse não foi o interesse dessa prefeitura.

Moradores da cidade se mobilizam contra tentativa do prefeito de entregar terrenos do município para empresários milionários.

O outro Projeto de Lei, 107/2020, proposto para votação aumenta a taxa de luz em 74%. A população que hoje paga R$10,12 passará a pagar R$17,63. Os comerciantes passam a pagar o valor de R$42,07 que antes era R$24,15. Isso em meio a uma realidade em que o custo de vida está casa vez maior, o dinheiro que há alguns meses nos permitiam comprar determinada quantidade de comida hoje já não dá mais. As contas de água e luz já estão mais caras. Enquanto o povo está cada vez mais desempregado e quem tem a oportunidade de trabalhar recebe salários cada vez menores.

O que a prefeitura e a câmara realmente deveriam estar aprovando com urgência nesse fim de ano?

Em meio a crise que temos vivido a prefeitura deveria estar propondo medidas que congelem o valor dos aluguéis, que suspendam as contas de água e luz para famílias com menos de um salário mínimo por pessoa, criação de um auxílio emergencial municipal para ajudar o povo a sobreviver.

Mas porquê é interessante para o prefeito e o vereador aprovarem projetos como esse?

Hoje na política os interesses defendidos não são os do povo, sim o de grandes banqueiros e empresários.

Não atoa o contrato de iluminação é feito por um consórcio composto por duas grandes empresas Brasília Eletrificação e Eletrônica Ltda e a Conasa e FM Rodrigues & Cia Ltd, a última tem um de seus socios envolvidos em um caso se desvio de dinheiro. Isso é o que acontece quando se privatiza um serviço que deveria ser prestado de acordo com os interesses da população, pois ele passa a ser uma mercadoria a ser vendida e a gerar lucro para os donos das empresas.

Não atoa também, ontem (29), o prefeito concedeu um terreno de 16 milhões de reais para a empresa Davi Alves de Oliveira Eireli. O terreno um dia foi público e passou pelo processo de concessão para poder ser entregue ao interesse privado.

A sessão da câmara foi cancelada e todos os projetos retirados após forte pressão popular assim que a notícia sobre os projetos veio a tona. Essa foi uma vitória de uma batalha, pois os projetos provavelmente serão novamente propostos, talvez com algumas alterações. Precisamos nos manter atentos e seguir lutando, pois só com luta podemos conquistar vitórias.

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