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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Povo passa fome, mas câmara de SP aumenta em 46% salário de Bruno Covas

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Trabalhadores passam fome enquanto prefeito recebe aumento salarial. FOTO: Lalo de Almeida /FolhaPress

Jorge Ferreira

SÃO PAULO – Num ano marcado pelo aumento da miséria, da fome e do desemprego, o presidente da Câmara de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM) colocou para ser votado no início desta semana, medida que prevê o aumento do salário do prefeito da capital paulista de  R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil. A medida começou a ser votada em primeiro turno ao meio dia desta segunda-feira, e também autoriza o aumenta do salário  do vice-prefeito que atualmente é de R$ 21,7 mil para R$ 31,9 mil e  dos secretários municipais, que  sairá de R$ 19,3 mil para R$ 30,1 mil, um aumento  de 55,95%. 

Os vereadores da câmara de São Paulo financiados pelos ricos não se importam com a dura realidade que o povo paulistano enfrenta para sobreviver.  Na capital paulista, aproximadamente 1 milhão de trabalhadores estão desempregados. Todos os dias mães e pais de família buscam um emprego  e não encontram. Basta andar nas principais avenidas dos bairros que logo se nota o aumento do número de trabalhadores ambulantes. Também não é difícil reparar o aumento do número de homens e mulheres dormindo nas calçadas com seus filhos por não terem mais condição de pagar aluguel. 

Ainda assim, em meio ao desemprego, o preço dos alimentos não param de aumentar nas prateleiras dos supermercados. Não é demais lembrar que se não fosse a solidariedade do próprio povo durante toda a pandemia, muitas famílias não conseguiriam sequer se alimentar mesmo morando na  cidade  mais rica da américa latina. O prefeito até tentou comprar votos na última eleição distribuindo cestas básicas às vésperas da votação, mas a verdade é que foram as brigadas de solidariedade organizadas por vários movimentos sociais que garantiram a sobrevivência de milhares de famílias ao longo do ano. 

Brigada de Solidariedade: movimentos sociais organizam arrecadação e distribuição de alimentos durante pandemia

Enquanto Covas terá um aumento de mais de R$10 mil a partir de 2022 se a medida for aprovada em segunda votação, famílias trabalhadoras vão morar na rua, passam fome ou aqueles que ainda conseguem trabalhar como ambulantes são massacrados pela GCM. Os ricos parecem presentear seus representantes por terem aumentado a exploração dos trabalhadores nesse ano. O que talvez não considerem é que cada vez mais o povo toma consciência de quem são os culpados por tanta miséria. Hoje aumentam seus salários, amanhã prestarão conta à revolta dos que  tem fome. 



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