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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Quase 70% dos que receberam auxílio não encontraram outra fonte de renda

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Pessoas passam a madrugada, mais de 12 horas em fila do Ceagesp esperando para receber alimentos. Foto: Aloisio Maurício

Larissa Mayumi

SÃO PAULO – Pesquisa realizada nos dias 20 e 21 de janeiro pelo Datafolha mostra que o auxílio emergencial deixará 69% dos que o receberam sem renda alguma, ou seja, 7 em cada 10 brasileiros que recebeu o auxílio emergencial não encontrou outra fonte de renda .

De acordo com a pesquisa, 40% da população solicitou o auxílio e, os beneficiados receberam uma média de 4, 5 parcelas, apenas, sendo que 89% já parou de receber as parcelas.

Em 2019, o IBGE afirmou 52 milhões de pessoas na pobreza (com menos de R$ 436 por mês) e 13 milhões na extrema pobreza, com renda de R$ 151 no mês. O Banco Mundial estima que a crise aprofundada pelo coronavírus, levará mais 150 milhões de pessoas no mundo para a extrema pobreza. Com 40 milhões de brasileiros desempregados, que não encontram emprego, como vão viver esses milhões de brasileiros que agora vão perder sua única fonte de renda, o auxílio emergencial?

Outro fator que tem dificultado a vida dos brasileiros é o alto preço do custo de vida. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como principal indicador para o reajuste, fechou em 2020 em 23,14%, maior taxa desde 2002. O IGP-M é um dos indicadores usados como referência em contratos de aluguel, isso significa que alugueis vão aumentar. Alugueis de 2 mil reais, por exemplo, com o reajuste, ficariam R$ 2.462,80. Além disso, em janeiro desse ano o valor da cesta básica, calculada pelo DIEESE em mais de R$600,00 em várias capitais do país, chegando à quase 60% do salário mínimo .

Com o recorde de taxa de desemprego no país, o aumento do custo de vida e milhões de brasileiros vivendo na pobreza e extrema pobreza, somado ao aumento do número de contaminações e mortes pelo COVID-19 e a pressão popular pela retomada do auxílio, Paulo Guedes, ministro da economia declara a possibilidade de retomada do auxílio, porém com cortes nas verbas de educação, saúde e salários de servidores públicos.

Vemos a fortuna de grandes capitalistas aumentarem e nosso povo é jogado cada vez mais à miséria, com esse governo atacando nossos direitos, querendo cortar verbas da educação, saúde, salários de servidores, para assim manter o auxílio emergencial enquanto nem cita encostar no lucro dos bilionários que tem lucrado nessa pandemia. Dessa forma, é cada vez mais necessário a derrubada desse governo para assim, salvar o país da crise.

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