UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Desemprego bateu recorde em vinte estados brasileiros em 2020

Outros Artigos

Carolina Matos


Desemprego bate recorde no Brasil em 2020 e atinge 13,4 milhões de pessoas. Foto: Reprodução.

SÃO PAULO – Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE na última quarta-feira (10), indicam um recorde no nível médio de desocupação observado no país em 2020. O índice de desocupados no período atingiu 13,5%, o maior na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

No período em questão, a população brasileira ocupada (que teve remuneração tanto no mercado de trabalho formal quanto informal) foi de 86,1 milhões, correspondendo a 49,4%. Ou seja, pela primeira vez na série histórica do IBGE, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. Em Alagoas e no Rio de Janeiro, o nível de ocupação em 2020 foi ainda menor que a taxa média nacional, com apenas 35,9% e 45,4% da população, respectivamente.

Ainda segundo a PNAD, a taxa média de informalidade passou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020. Em todo o país, os informais somam 39,9 milhões de pessoas. No Pará, trabalhadores nesta condição são ampla maioria, correspondendo a 59,6% da população ocupada. Segundo analistas do IBGE, longe de indicar um aumento em empregos formais, a queda na informalidade está relacionada ao fato dos informais terem perdido sua ocupação ao longo de 2020, diante da pandemia.

Em 2020, o alto nível de desocupação foi mais evidente na Bahia (19,8%), em Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e no Rio de Janeiro (17,4%). Sabendo que o IBGE classifica como “desocupados” as pessoas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias, pode-se afirmar que os reais níveis de desemprego, contando com os desiludidos com a procura de trabalho, são ainda mais alarmantes e indicam um agravamento na situação social dos brasileiros quanto ao acesso a bens básicos, uma vez que lhes falta renda.

Mulheres negras são a maioria das desempregadas no país. Foto: Reprodução/TV Jornal

Desocupação foi maior entre mulheres, pretos e jovens

Entre outubro e dezembro de 2020, a PNAD Contínua mostrou que o nível de desemprego é mais acentuado quando se toma a perspectiva de gênero e raça. A taxa de desocupação no período foi de 11,9% entre os homens e de 16,4% entre as mulheres. Entre as pessoas brancas, a taxa foi de 11,5%; a de pardos foi de 15,8% e a de pretos, 17,2%, proporção maior que a média nacional.

A juventude é uma parcela da população também bastante afetada pelo atual estado de desemprego. Também no último trimestre de 2020, 29,8% das pessoas de 18 a 24 anos de idade encontravam-se sem qualquer meio de trabalho para obter renda.

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes