No último mês de janeiro, foram gastos mais de R$ 64 bilhões com juros da dívida, valor 68% superior ao orçamento do novo auxílio emergencial.
Por Heron Barroso | Redação Rio
BRASIL – Segundo informações do Tesouro Nacional, apenas no mês de janeiro deste ano, o total de recursos públicos gastos pelo governo Bolsonaro com o pagamento de juros e correção monetária e cambial da dívida pública brasileira foi de R$ 64,6 bilhões. Esse valor é 68% maior que os 44 bilhões previstos para o pagamento do novo auxílio emergencial.
Se forem considerados os gastos com refinanciamento e amortizações da dívida, a despesa cresce mais R$ 220 bilhões em apenas um mês!
Dessa forma, fica clara a prioridade do governo federal com a “saúde” dos bancos e do mercado financeiro, enquanto condena à fome milhões de famílias pobres que perderam renda durante a pandemia.
Enquanto Bolsonaro e Paulo Guedes torram o dinheiro do país a fundo perdido pagando juros aos banqueiros, a proposta de novo auxílio emergencial anunciada pelo governo retira o direito ao benefício de mais de 23 milhões de pessoas, além de diminuir o valor de R$ 600 para até R$ 375.
De fato, a maior parte dos beneficiários da nova rodada do auxílio (cerca de 20 milhões de pessoas) deve receber o valor mínimo de R$ 150,00. Esse valor é suficiente para comprar somente 23% da cesta básica em São Paulo, 29% em Belém e 31% em Salvador, de acordo com levantamento feito pelo Dieese. Outras 16,7 milhões de famílias, que possuem mais um integrante, receberão R$ 250. Mulheres chefes de família receberão R$ 350,00, menos que os R$ 1.200,00 pagos anteriormente.
A cada dia, o povo brasileiro está acreditando menos nas mentiras ditas por Bolsonaro na televisão e em suas redes sociais, e começa a despertar para o verdadeiro risco que é a continuidade de seu governo. Dele, não se pode esperar nada de humano. É um governo de fascistas, de banqueiros e generais a serviço dos interesses egoístas de uma minoria de super-ricos, o 1% da população que concentra praticamente toda a riqueza do país.
Por isso, quanto mais cedo nos livrarmos dessa canalha, mais rapidamente encontraremos uma saída para a crise que corresponda aos interesses da classe trabalhadora de viver em um país verdadeiramente justo e democrático, livre do vírus e da família Bolsonaro.