Caso seja efetivado, reajuste elevaria o preço da passagem do metrô no Rio de Janeiro dos atuais R$ 5,00 para R$ 6,30.
Por Karol Lima | Redação Rio
LUTA POPULAR – Mesmo o Rio de Janeiro sofrendo com um aumento exponencial nos casos de covid-19, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp) autorizou um aumento de 25,71% na tarifa do metrô na cidade. De acordo com a medida, o novo valor sairia dos atuais R$ 5,00 para R$ 6,30.
Ao mesmo tempo, a Agetransp não tomou nenhuma medida para impedir os atrasos e aglomerações promovidas pela concessionária do metrô. Ou seja, a qualidade do serviço não aumenta, o salário de nenhum trabalhador aumenta, os trabalhadores pegam o metrô lotado, não recebem um serviço de qualidade, mas a passagem vai aumentar mesmo assim. Ao todo, o carioca gastará 25,2% do salário mínimo apenas para pagar passagens.
Em nota, o Governo do Estado disse que, diante da pandemia da covid-19, busca uma negociação com a concessionária para um reajuste menor, algo que também foi feito com a Supervia, que opera o serviço de trens metropolitanos, diante da pressão popular, modificando o reajuste de R$5,90 para R$5,00.
Quem paga essa conta?
Dito de outra forma, a proposta dos empresários é fazer que o Estado subsidie parte da tarifa, promovendo uma transferência direta de recursos públicos para a conta da iniciativa privada. Ou seja, o MetrôRio privatiza os lucros, enquanto socializa os prejuízos.
Caso isso aconteça, no fim das contas nós pagaremos de qualquer forma, com mais impostos, cortes de orçamento em saúde e educação e outras medidas fiscais.
Diante disso, o “Movimento contra o aumento das passagens”, que reúne entidades e organizações populares que debatem a pauta da mobilidade urbana, organizou uma panfletagem na última quarta-feira (24/03) em diversas estações de metrô, como Pavuna, São Cristóvão, Coelho Neto e Carioca, às 6h da manhã, para denunciar à população o que está sendo proposto pelo MetrôRio e o Governo do Estado.
Os militantes da Unidade Popular (UP) e da União da Juventude Rebelião (UJR) estão na linha de frente dessa luta, denunciando o total descaso, abandono e abuso a que os moradores do Rio de Janeiro estão sendo submetidos. A luta seguirá até barrar o aumento da passagem.