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quinta-feira, 28 de março de 2024

Trabalhadores em telecomunicações realizam greve de 24 horas no Rio

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GREVE. Trabalhadores da SEREDE durante paralisação de 24 horas (Foto: JAV/Rio)

Paralisação de 24 horas foi convocada pelo Sinttel-Rio para pressionar empresas na negociação do novo Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.

Por Igor Barradas | Redação Rio


TRABALHADOR UNIDO – Nesta quinta-feira (25), os trabalhadores de infraestrutura de telecomunicações, organizados pelo Sinttel-Rio, realizaram uma greve de 24h reivindicando melhores salários para a categoria. A assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras da Rede, realizada no dia 17 deste mês, já havia decidido pelo calendário de mobilização agendando a paralisação caso as empresas não melhorassem a proposta de acordo coletivo.

As propostas apresentadas pelo Sinstal (sindicato patronal) e com a empresa SEREDE nas duas negociações ocorridas não foram consideradas suficientes pela categoria. “Esta paralisação ocorre para que as empresas apresentem uma nova proposta que atenda às expectativas dos trabalhadores em relação à renovação da Convenção Coletiva de Trabalho”, explicou Rêneo Augusto, dirigente do Sinttel-Rio e militante do Movimento Luta de Classes (MLC).

Na reunião da última terça-feira (23), realizada com o sindicato patronal, as empresas acenaram com abono de R$ 250,00, mas apenas para os trabalhadores e trabalhadoras de empresas que não tiveram reajuste e abono no ano passado. “É importante ressaltar que essa proposta não representa de forma alguma reposição integral da inflação, assegurado no inciso X do Artigo 37 da Constituição de 1988, que garante o direito à revisão geral anual de salários, sempre na mesma data e sem distinção de índices”, afirmou Rêneo.

Patrícia Souza, trabalhadora do SEREDE e dirigente sindical, afirmou que “a empresa não esperava a paralisação, simplesmente pagou para ver. Nós demonstramos a força que temos. Eles (os empresários) estavam nos oferecendo 1,5% de reajuste, e já conseguimos uma vitória na proposta que subiu para 4%. Só que nós recusamos porque ainda há itens que precisam ser discutidos e melhorados”. 

A militância do Movimento Luta de Classes e da Unidade Popular (UP) se somou nesta mobilização na capital e Região dos Lagos. Para Jorge Marcelo, representante sindical de base do Sinttel-Rio, “as empresas só lucram e não repassam o total para o trabalhador. Reivindicamos o aumento no ticket alimentação, no salário e no carro agregado”. Vale lembrar, que a SEREDE é subsidiária do grupo Oi, que registrou um lucro de R$ 30,5 bilhões em 2018.

Os trabalhadores também reivindicam o pagamento da PPR/2020 (Programa de Participação nos Resultados para 2020) sem o desconto dos 27% adiantados em janeiro; supressão do DSR aos domingos sem o devido pagamento da hora extra; reajuste de 4% em abril de 2021; incentivo ao acréscimo de 35% sobre o valor já atualizado da tabela dos veículos agregados e abono indenizatório no valor de R$ 400,00 para todos os trabalhadores da categoria. 

Uma nova mesa de negociação está prevista para o dia 6 de abril.

 

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