Já são 56 palestinos que perderam suas vidas em ataques do exército israelense na Faixa de Gaza.
Cadu Machado
Redação São Paulo
INTERNACIONAL – O número de palestinos que perderam suas vidas nos ataques realizados pelas forças de segurança israelenses na Faixa de Gaza subiu para 56, incluindo 13 crianças, mortas por ataques aéreos israelenses, segundo autoridades palestinas.
Os bombardeios vem se intensificando desde os primeiros ataques da polícia israelense a manifestantes palestinos muçulmanos próximos a mesquita Al-Aqsa, um dos locais sagrados do Islã e muito frequentado pela população palestina, na última sexta (07) em Jerusalém. A violência policial nos conflitos deixou pelo menos 57 feridos no primeiro dia de confronto e foi respondida com pedras e garrafas pelos manifestantes palestinos.
Segundo a agência de notícias France Presse, além dos 56 mortos, são mais de 300 feridos em território palestino, entre eles 86 crianças e 39 mulheres. Devido ao aumento dos protestos contra os ataques à mesquita de al-Aqsa, a administração israelense decidiu reforçar a ocupação nas cidades e vilas onde vivem os palestinos em território ocupado por Israel. No lado israelense, ocorreram 6 mortes devidos aos foguetes lançados de Gaza em resposta aos ataques aéreos.
Na tarde de segunda (10), milhares de palestinos realizaram manifestação e montaram guarda na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. A polícia israelense invadiu a mesquita de Al-Aqsa e agrediu os palestinos em guarda com balas de borracha, gás lacrimogêneo e granadas de choque. De acordo a Crescente Vermelho Palestino, 520 pessoas ficaram feridas devido à intervenção da polícia israelense em Jerusalém Oriental ontem. Jovens palestinos responderam jogando pedras e garrafas na polícia.
Enquanto os ataques continuam, EUA impede o Conselho de Segurança da ONU de condenar Israel
Enquanto os ataques de Israel aos palestinos continuam, o Conselho de Segurança das Nações Unidas discutiu condenar Israel pela violência cometida, mas, de acordo com notícia do Sputnik, os EUA e a Grã-Bretanha exigiram o acréscimo da cláusula “condenação ao lançamento de mísseis de Gaza” ao texto preliminar apresentado pela Noruega.
A declaração proposta pede a Israel que “pare as destruições e evacuações, incluindo Jerusalém Oriental, em linha com suas obrigações sob a lei internacional e direitos humanos” e “evite medidas unilaterais que aumentem as tensões e minem a viabilidade de uma solução de dois estados”.
No entanto, apesar de 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança aceitarem o texto, os representantes dos EUA pediram mais tempo para discutir o assunto e mais tarde expressaram a opinião de que “esta medida não será útil”.