Cidades de todo país registram manifestações contra o genocídio da população negra

144
Em Belo Horizonte, o ato contou com participação das ocupações urbanas. Foto: Gabriel Lopo/Jornal A Verdade

Nesta quinta-feira (13), no aniversário de 133 anos da abolição oficial da escravatura, milhares de pessoas tomaram as ruas do país  para protestar pelo fim do genocídio da população negra e contra a Cachina do Jacarezinho.

Da Redação Nacional e Redação Rio

Manifestações populares tomaram as ruas das principais cidades do país hoje (13) para protestar contra o genocídio da população negra e a Chacina do Jacarezinho. Os atos ocorrem após a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que aconteceu na quinta-feira (6) no Jacarezinho, deixando 28 pessoas mortas.

As palavras de ordem que ecoram dos manifestantes foram “Nem fome, nem bala, e nem Covid: o povo negro quer viver”, “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, “Por vacina, emprego, e contra o genocídio negro!”.

Em São Paulo o ato reuniu milhares de pessoas na Av. Paulista. Foto: Igor Carvalho/Brasil de Fato

Em cidades como São Paulo e Porto Alegre os atos, ocorridos no fim da tarde, juntaram milhares de pessoas de várias organizações e movimentos sociais. Houve atos significativos também em Belo Horizonte, Salvador, Teresina e Recife, que reuniram centenas de pessoas. Em Brasília, os movimentos negros se reuniram em frente ao Congresso Nacional.

Os atos também reivindicaram o “Fora Bolsonaro!”

Outro movimento importante nas manifestações foi a presença constante da reivindicação “Fora Bolsonaro!”. Os movimentos populares exigem a queda do presidente fascista que já é responsável pela morte de mais de 430 mil brasileiras e brasileiros nessa pandemia.

Em Maceió, logo pela manhã, centenas de manifestantes se reuniram nas imediações do Aeroporto Zumbi dos Palmares para protestar contra a ida do presidente da República ao estado. Foi mais uma demonstração de que o povo do Nordeste não aceita mais a figura do presidente fascista.

Manifestantes se reuniram em Maceió para protestar contra a visita do presidente fascista Bolsonaro. Foto: reprodução

“Ser preto, pobre e favelado nesse país já é estar no grupo de risco. Esse ato é a prova que precisamos voltar pra rua. Estamos morrendo de fome, de tiro e de COVID e viemos mostrar a esses governos genocidas e ao fascista do Bolsonaro que nós não vamos deixar eles acabarem com a nossa vida e tirarem nossos direitos.”, afirmou Giovanna Almeida, militante do Movimento Negro Perifa Zumbi na manifestação da capital fluminense ocorrida no fim da tarde.

Hoje, 133 anos após a assinatura da Lei Áurea no Brasil, a história mostra que a exploração de corpos negros não acabou com uma canetada. De fato, a verdadeira libertação da população negra só será garantida através da luta, através da derrubada do governo Bolsonaro e a imediata instauração de um governo revolucionário dos trabalhadores, o socialismo.

No Rio de Janeiro, o ato reuniu 3 mil pessoas, entre elasm inúmeras mães que perderam os seus filhos em operações policiais estiveram presentes no ato. Foto: Heron Barroso/Jornal A Verdade

Movimentos sociais chamam manifestação nacional para o dia 29 de maio

O ato de hoje entra na esteira das mobilizações convocadas para todo o mês de maio contra o racismo, os cortes na educação e pelo “Fora Bolsonaro”. A proposta de diversos movimentos populares e partidos políticos, como a Unidade Popular, é realizar novamente grandes manifestações de rua culminando numa grande mobilização nacional em defesa da derrubada do governo genocida.