UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Cidades de todo país registram manifestações contra o genocídio da população negra

Em Belo Horizonte, o ato contou com participação das ocupações urbanas. Foto: Gabriel Lopo/Jornal A Verdade

Nesta quinta-feira (13), no aniversário de 133 anos da abolição oficial da escravatura, milhares de pessoas tomaram as ruas do país  para protestar pelo fim do genocídio da população negra e contra a Cachina do Jacarezinho.

Da Redação Nacional e Redação Rio

Manifestações populares tomaram as ruas das principais cidades do país hoje (13) para protestar contra o genocídio da população negra e a Chacina do Jacarezinho. Os atos ocorrem após a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que aconteceu na quinta-feira (6) no Jacarezinho, deixando 28 pessoas mortas.

As palavras de ordem que ecoram dos manifestantes foram “Nem fome, nem bala, e nem Covid: o povo negro quer viver”, “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, “Por vacina, emprego, e contra o genocídio negro!”.

Em São Paulo o ato reuniu milhares de pessoas na Av. Paulista. Foto: Igor Carvalho/Brasil de Fato

Em cidades como São Paulo e Porto Alegre os atos, ocorridos no fim da tarde, juntaram milhares de pessoas de várias organizações e movimentos sociais. Houve atos significativos também em Belo Horizonte, Salvador, Teresina e Recife, que reuniram centenas de pessoas. Em Brasília, os movimentos negros se reuniram em frente ao Congresso Nacional.

Os atos também reivindicaram o “Fora Bolsonaro!”

Outro movimento importante nas manifestações foi a presença constante da reivindicação “Fora Bolsonaro!”. Os movimentos populares exigem a queda do presidente fascista que já é responsável pela morte de mais de 430 mil brasileiras e brasileiros nessa pandemia.

Em Maceió, logo pela manhã, centenas de manifestantes se reuniram nas imediações do Aeroporto Zumbi dos Palmares para protestar contra a ida do presidente da República ao estado. Foi mais uma demonstração de que o povo do Nordeste não aceita mais a figura do presidente fascista.

Manifestantes se reuniram em Maceió para protestar contra a visita do presidente fascista Bolsonaro. Foto: reprodução

“Ser preto, pobre e favelado nesse país já é estar no grupo de risco. Esse ato é a prova que precisamos voltar pra rua. Estamos morrendo de fome, de tiro e de COVID e viemos mostrar a esses governos genocidas e ao fascista do Bolsonaro que nós não vamos deixar eles acabarem com a nossa vida e tirarem nossos direitos.”, afirmou Giovanna Almeida, militante do Movimento Negro Perifa Zumbi na manifestação da capital fluminense ocorrida no fim da tarde.

Hoje, 133 anos após a assinatura da Lei Áurea no Brasil, a história mostra que a exploração de corpos negros não acabou com uma canetada. De fato, a verdadeira libertação da população negra só será garantida através da luta, através da derrubada do governo Bolsonaro e a imediata instauração de um governo revolucionário dos trabalhadores, o socialismo.

No Rio de Janeiro, o ato reuniu 3 mil pessoas, entre elasm inúmeras mães que perderam os seus filhos em operações policiais estiveram presentes no ato. Foto: Heron Barroso/Jornal A Verdade

Movimentos sociais chamam manifestação nacional para o dia 29 de maio

O ato de hoje entra na esteira das mobilizações convocadas para todo o mês de maio contra o racismo, os cortes na educação e pelo “Fora Bolsonaro”. A proposta de diversos movimentos populares e partidos políticos, como a Unidade Popular, é realizar novamente grandes manifestações de rua culminando numa grande mobilização nacional em defesa da derrubada do governo genocida.

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes