Congresso da UEE debate avanço para a luta dos estudantes do ensino superior do estado. Foi discutido o caráter mercantil da educação privada, a organização necessária para derrotar o governo fascista de Bolsonaro nas ruas e mais políticas de assistência e permanência estudantil para os estudantes pobres do estado.
Igor Barradas | Redação Rio
RIO DE JANEIRO – Terminou neste domingo (15) o 21º Congresso da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro. Com representantes de todas as universidades do estado do Rio, o congresso debateu o futuro do movimento estudantil e as novas tarefas a serem seguidas.
No primeiro dia, houve uma mesa-abertura com a participação da AERJ (Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro), FENET (Federação dos Estudantes em Ensino Técnico) e a Unidade Popular pelo Socialismo (UP). Nos dois dias seguintes, os estudantes renovaram suas disposições para debater e defender suas teses. Houve também uma ampla participação do Movimento Correnteza, que defendeu sua tese própria, denominada “Estudantes pelo poder popular!’’.
Também foi debatido a dura realidade enfrentada pelos estudantes e pelo povo. Os grande bilionários e militares do governo avançavam seu projeto de sucateamento e exploração da classe trabalhadora. A evasão universitária, a pobreza e o desemprego aumentaram nos últimos anos.
Congresso mobilizou estudantes para derrotarem o fascismo e lutarem em defesa da educação
Nos debates, ficou apontado que a principal tarefa da UEE-RJ deve ser de unir o maior número possível de estudantes e trabalhadores para derrubar o Governo corrupto e genocida de Bolsonaro, reverter as reformas e privatizações, e revogar as leis aprovadas contra os trabalhadores.
Por fim, ocorreu a reunião plena da diretoria, na qual se renovou a gestão da entidade, tendo sido um dos eleitos Victor Davidovich, estudante de Direito da UFRJ, como secretário-geral pelo Movimento Correnteza. Entrevistado pelo Jornal A Verdade, ele defendeu a necessidade de uma organização dos estudantes nesse período e pontuou o papel fundamental da entidade nesse processo.
“A UEE/RJ está voltando a ser uma importante ferramenta de lutas dos estudantes do Estado. O Movimento Correnteza tem trabalhado nesse sentido, mesmo sendo hoje oposição na entidade. No último período, a UEE foi importante nas lutas pela volta do passe-livre na Capital e na luta pela redução das mensalidades nas universidades particulares. Além desse trabalho, vamos precisar lutar mais do que nunca pelas Universidades Públicas, que estão ameaçadas pelos cortes de Bolsonaro.”