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terça-feira, 7 de maio de 2024

UJR realiza congresso municipal na Bahia

CONGRESSO MUNICIPAL – O congresso da UJR conseguiu conquistar um amplo debate com a militância sobre conjuntura e Agitação e Propaganda, assim como a reorganização da Coordenação Municipal. (Foto: Reprodução/Jornal A Verdade)
O Congresso da União da Juventude Rebelião (UJR) é um espaço democrático de transformações políticas, onde se avalia o nível da militância política e se estabelece uma justa análise sobre as estratégias e táticas estabelecidas pela organização no último período.
Vitória Louise

SALVADOR (BAHIA) – Entre sexta (6) e sábado (7) aconteceu o Congresso Municipal da União da Juventude Rebelião (UJR) em Salvador. Iniciando-se com o plenário entoando “A Internacional Comunista”, o encontro foi marcado por um grande espírito de combatividade e rebeldia da juventude soteropolitana que debateu ainda no primeiro dia, a conjuntura política do Brasil e a política de Agitação e Propaganda.

A Presidenta Estadual da Unidade Popular pelo Socialismo (UP) na Bahia, Eslane Paixão, foi convidada para contribuir para o debate. Eslane trouxe um apanhado histórico das lutas da UJR pelo Brasil, além de colocar para o plenário de jovens a importância política de se construir cada vez mais as lutas de ruas e a mobilização para a Greve Geral, onde “apenas com a classe trabalhadora organizada, poderemos derrotar o governo do fascista Jair Bolsonaro e organizar a derrubada do sistema capitalista para a construção da sociedade nova, a sociedade socialista”.

Em relação a Agitação e Propaganda (AgitProp) revolucionárias com a conjuntura política na qual se vive, a juventude presente apontou a necessidade da “ampliação dos grupos de brigadas nos bairros, além de aumentar a quantidade de cotas individuais dos militantes, como forma de fazer com que a imprensa independente e revolucionária, o jornal A Verdade, chegue nas mãos de milhares de trabalhadores descontentes”.

Em seguida, a juventude realizou a leitura do texto “A Classe dos Proletários e o Partido dos Proletários” do revolucionário georgiano José Stálin, para o debate sobre o centralismo democrático e a construção da organização revolucionária.

Após a leitura, a juventude também contou com a fala do Partido Comunista Revolucionário (PCR), que colocou para a sua juventude a missão de organizar cada vez mais os descontentes e indignados com o capitalismo. Foi colocada também a importância de fortalecer os núcleos de estudo e de luta da UJR, pois, como disse Lênin em “O Que Fazer? – Problemas Cadentes do Nosso Movimento” a respeito da organização dos operários “Deem-nos uma organização de revolucionários e revolucionaremos a Rússia!”. Nesse debate, vários jovens expressaram que a UJR é essa organização de revolucionário do Brasil, por isso uma das tarefas fundamentais é a de comparecer as reuniões da juventude, colaborar com a sua construção material, organizar grupos de estudos como forma de propagandear, estudar e difundir a teoria revolucionária, além de tirar planos de estudo individual como forma de aprofundar o estudo cotidiano no Marxismo-Leninismo.

A importância da auto sustentação material da organização revolucionária também foi um tema levantado e debatido pelo plenário, onde foi colocado sobre a importância da contribuição individual, além de iniciativas e planejamentos nos núcleos. Iniciativas como os pedágios realizados ao longo da semana foram saudados pelos delegados.

O congresso municipal também debateu sobre a importância da linha revolucionária da UJR estar presente nas entidades estudantis, nas universidades, nas escolas e nos movimentos sociais como forma de influenciar cada vez mais setores diversos da sociedade para a luta popular. Nesse sentido, a juventude soteropolitana se convenceu da importância de construir entidades estudantis que lutem pelos direitos dos estudantes como a AMES Salvador, a FENET (Federação Nacional dos Estudantes de Ensino Técnico) e de estar presente nos diretórios centrais e centros acadêmicos das universidades através do Movimento Correnteza.

Também se debateu sobre a necessidade de lutar para que as instituições de ensino, nesse momento onde o debate ao retorno presencial das universidades e escolas encontram-se mais latentes, organizem os retornos de forma que garantam os protocolos de segurança contra a Covid-19, além de exigir que esse processo seja feito de forma dialogada com os estudantes e demais setores das instituições.

Os jovens que participaram dos debates, expressaram descontentamento com o sistema capitalista e apontaram que a saída para a crise na qual o país vive é a construção do socialismo. Um dos apontamentos feitos para os delegados do congresso, foi sobre a necessidade de reativar a Coordenação Municipal da UJR em Salvador, que se encontrava desativada.

Por conta da ousadia nos recrutamentos, das plenárias de apresentação da juventude organizadas de forma online e presencial ao término das manifestações de rua, dos cursos de formação abertos realizados de forma online e presencial na ocupação Carlos Marighella e outras diversas iniciativas dos militantes, a juventude no município pôde se desenvolver para que, ao término do Congresso Municipal, fosse eleita uma nova Coordenação Municipal da UJR, reativando um importante espaço de organização de luta da UJR na Bahia.

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