Comissão Nacional de Finanças do PCR
BRASIL – A imensa maioria da população do nosso país se encontra sob uma terrível exploração, sem ter onde morar, um imenso número sem emprego e milhares de pessoas sem ter comida na mesa, enquanto o país entrega suas riquezas a monopólios capitalistas estrangeiros e metade do orçamento aos banqueiros internacionais.
Para a grande maioria da população que passa por essas dificuldades, é urgente uma mudança profunda, radical. Para isso, entretanto, é necessária a união dos explorados e oprimidos numa organização política que leve até as últimas consequências a luta de classes para impor uma derrota contundente às classes dominantes e construir um novo modelo econômico, político e social: o poder popular e o socialismo.
Derrotar essa classe dos ricos capitalistas associados à burguesia de outros países, que controla a economia e as principais instituições da administração pública, não é uma tarefa simples. Ela exige um nível de organização e um grau de compromisso com o nosso projeto, à altura das dificuldades que precisam ser enfrentadas e vencidas. É indispensável a construção de um partido político diferente, que não se acomode e se limite às ações eleitorais, mas que participe ativamente da luta de classes defendendo os interesses dos explorados.
O partido político revolucionário da classe trabalhadora e dos pobres tem uma imensa lista de tarefas, a começar pela conscientização de parcelas cada vez maiores da população com denúncias dos crimes cometidos em nome da ganância e do lucro, tais como a morte de mais de meio milhão de brasileiros porque o presidente e seu governo condicionaram a compra de vacinas para a Covid-19 ao pagamento de propina para a sua quadrilha.
Parcelas cada vez mais significativas vão adquirir consciência de classe à medida que crescem as lutas: greves, ocupações, atos e protestos. Mas isso não basta. É necessário ainda construir uma rede de organizadores das novas forças; cuidar da sua formação e aperfeiçoar nossa atividade por meio de reuniões, ativos, cursos, congressos, visitas e deslocamentos para regiões estratégicas.
Ocorre que, para conseguir pôr em prática todas essas tarefas, para manter um conjunto de pessoas destacadas prioritariamente para as atividades de preparação da revolução, são necessárias as condições materiais sem as quais é impossível fazer qualquer coisa. Ou seja, precisamos imprimir jornais, textos e panfletos, livros, temos que desenvolver um conjunto de atividades de propaganda, desde as mais simples, como confeccionar uma faixa, até as mais complexas. O que todas essas tarefas têm em comum é o fato de que, sem dinheiro para fazer frente a suas despesas, nada pode ser concretizado. Essa é uma regra que se aplica a tudo, independente da nossa vontade.
Levantar as condições materiais, as finanças, o dinheiro para custear as atividades do partido é essencial e indispensável para a atividade política. Se essa tarefa for negligenciada, todo nosso projeto fica comprometido.
Por isso, devemos desenvolver a consciência e o compromisso com o trabalho coletivo da nossa construção material. Esse compromisso de cada membro do partido com o pagamento de uma contribuição mensal, conforme prevê o nosso Estatuto, ajuda a desenvolver essa consciência, além de garantir que todo o conjunto da militância participe do financiamento da atividade partidária. Pagar a cota mensal pontualmente depende apenas da decisão do militante e revela seu compromisso com a construção do partido.
Moisés, agente de limpeza urbana em Pernambuco, nos dá um bom exemplo: “Sou trabalhador da limpeza urbana, assalariado, pago aluguel e, mesmo assim, faço um esforço para contribuir. Esse partido tem que ser sustentado pelos trabalhadores e trabalhadoras”.
E é justamente às camadas mais atingidas pelos efeitos da exploração capitalista a quem devemos dirigir o nosso apelo e elas saberão criar as condições para cumprir a tarefa se estiverem convencidos do papel do partido para a sua emancipação.
“Vejo no partido uma esperança pra gente mudar nossa realidade. Acredito que com os cursos de formação e com as reuniões vamos superando nossas dificuldades. Precisamos fazer com que cada um pague sua cota porque, só assim, nosso partido vai continuar crescendo”, declarou Maria da Conceição, militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Mas, se o militante adquire a consciência e o compromisso com essa tarefa, teremos uma fonte segura e bastante significativa de financiamento da luta em defesa do nosso programa. A cota militante é o porto seguro das finanças do partido. Ela é a única fonte com a qual o partido pode contar, seja sob quais condições estivermos.
“O pagamento da contribuição reforça no militante que os trabalhadores devem procurar se apoiar uns nos outros. Só o trabalhador salva o trabalhador! Além disso, com a participação de todo mundo pagando a sua cota, a gente garante a independência política do nosso partido”, conclui Gabriela, enfermeira da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
É nosso dever, portanto, aproveitar todas as reuniões e oportunidades para reafirmar o compromisso assumido por cada um de nós quando ingressamos nas fileiras do partido para com a construção material militante e coletiva da nossa organização. A conjuntura exige de nós essa vigilância e as nossas tarefas do momento dependem do êxito dessa empreitada ideológica nas fileiras do partido!