Nicholas Muniz, militante da UJR
FORTALEZA – O Governo Bolsonaro, além de sua negligência intencional na pandemia, fazendo o país ter o maior número de óbitos pela Covid-19 no mundo neste ano, teve como resultado também o crescimento da crise econômica e da fome para o povo brasileiro.
Uma cena triste, de causar indignação, foi registrada num bairro nobre de Fortaleza, no último dia 18. Pessoas famintas, em situação de miséria, procuravam comida dentro de um caminhão de lixo que passava por um supermercado, escancarando uma realidade que deveria ser inaceitável, mas que é normalizada pelo Governo Bolsonaro, que só serve às elites e à burguesia.
Por mais que estejamos enfrentando uma crise, ela demonstra só afetar as classes mais precarizadas. No mesmo estado em que as pessoas tiveram que revirar o lixo para comer, vivem alguns dos maiores bilionários do setor alimentício do Brasil, que ficam cada vez mais ricos mesmo nesse momento de carestia e fome.
No mesmo dia desse lastimável ocorrido, a revista Forbes lançou uma lista dos maiores bilionários do setor de alimentos nacionalmente. Das 15 pessoas apresentadas, sete são do Ceará e seis delas sendo da mesma família (Dias Branco), que, juntos, acumulam uma fortuna de mais de R$10 bilhões. Revelando a contradição desse sistema e a hipocrisia dos governantes em querer culpar os mais pobres pela crise.
Não podemos aceitar que um punhado de bilionários detenham todo o poder da gestão de alimentos, que tranquem a comida nos supermercados enquanto o povo morre de fome. Só o povo pode salvar o povo! Então, neste dia 23 de outubro, vamos às ruas lutar contra esse governo que nos oferece ossos e restos para comer enquanto protege os seus!