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quinta-feira, 28 de março de 2024

UJR realiza a primeira aula do projeto Redação Popular em SP

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Primeira aula do Projeto Redação Popular, iniciativa da UJR em São Paulo

João Gabriel Souza


SÃO PAULO – No dia 10 de outubro, a militância da UJR inaugurou o projeto Redação Popular, uma iniciativa da juventude do Lageado, zona leste da capital, para o enfrentamento às dificuldades dos jovens da periferia em prestarem vestibular. Diante da pandemia e do desmonte da educação pública é perceptível a necessidade de apoio para os estudantes pobres que se organizam para tentar entrar na universidade. Surgiu então a ideia, no coletivo de bairro da rebelião, de construir um curso preparatório para o ENEM que capacitasse esses vestibulandos. Inicialmente, o projeto dedica-se a uma das competências mais importantes da prova, a redação. As aulas são ministradas pela professora do Instituto Federal Marcella Lemos, militante da Unidade Popular, que junto com a juventude toca a luta na região.

Na primeira aula, além da apresentação do projeto, os alunos fizeram uma roda de leitura do editorial da edição deste mês do jornal A Verdade. A partir dos elementos da conjuntura atual do Brasil, os jovens puderam discutir sobre o papel da educação para a juventude e como a dificuldade de ingresso e permanência de estudantes periféricos nas universidades é um problema que pode ser combatido de maneira coletiva. Com o apoio da professora, pôde-se identificar na construção do texto elementos importantes para a construção da redação no formato que o exame exige, reafirmando a potência que nosso jornal tem e quanto pode ser explorado em nossas iniciativas.

 Com a proposta de mais três encontros sobre o tema redação, o núcleo segue se desafiando a ampliar o projeto, mobilizando mais estudantes a fim de construir cursinho pré-vestibular que abranja todas as disciplinas do ENEM. Assim, a juventude da zona leste de São Paulo poderá entrar nas universidades com uma importante bagagem política para se apropriar da técnica e do poder transformador da educação.

Portanto, enquanto o ministro da educação, Milton Ribeiro, esbraveja que filhos de trabalhadores não deveriam estudar em universidades, os mesmos filhos de nossa classe têm construído com suas próprias mãos as alternativas para confrontar esse sistema. A universidade se pintará de povo, como esbravejou o comandante Che Guevara ao ser homenageado pela Universidade de Las Villas no primeiro ano vitorioso da revolução cubana.

E o que tenho para dizer à Universidade como artigo primeiro, como função essencial de sua vida nesta nova Cuba?Tenho que dizer que se pinte de negro, que se pinte de mulato. Não só entre os alunos, mas também entre professores. Que se pinte de operário e camponês, que se pinte de povo, porque a Universidade não é patrimônio de ninguém e pertence ao povo[…]”

 

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