A União da Juventude Rebelião construiu o Seminário Nacional “Seremos todos como Che”, no dia imortalidade de seu patrono, o heroico guerrilheiro Ernesto Che Guevara, em honra a sua memória e luta.
Caio Sad e Karen Almeida
“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira” (Che Guevara)
SÃO PAULO – O dia 8 de outubro é a data da última batalha de Che em vida. Longe de sua terra natal, na província de La Higuera na Bolívia, Che foi capturado e assassinado pela Agencia Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA – sigla em inglês), em conjunto com as forças armadas bolivianas.
Naquele 8 de outubro o comandante revolucionário Ernesto “Che” Guevara nos deixou em corpo físico, porém suas ideias e a causa pela qual entregou sua vida entraram para a imortalidade. Seu exemplo se mantém vivo nos corações, mentes e na luta de milhões de jovens da América Latina e do mundo.
Reafirmar a memória e luta de Che e da Revolução Cubana em tempos de fascismo é dar à juventude o direito de sonhar com um mundo melhor. Um mundo como Cuba que, apesar do criminoso bloqueio econômico que há décadas se faz contra a pequena ilha, segue sendo um exemplo de solidariedade e fraternidade com os povos do mundo.
A burguesia promove uma intensa campanha de difamação contra Cuba e a imagem de Che, pois sabe que a força desses exemplos pode arrastar os povos de todo o mundo a uma revolução que acabe com os privilégios dos ricos e construa um mundo livre de opressão e exploração.
O exemplo da Revolução Cubana assombra a burguesia
De um lado, a pequena ilha que, ainda em 1962, erradicou o analfabetismo, produz e exporta médicos e vacinas contra o Covid em solidariedade aos povos. Do outro, a burguesia – representada principalmente pelo imperialismo estadunidense – que invade países levando guerras (a exemplo do Iraque, Afeganistão, Palestina, Síria, etc) e há décadas sustenta comete um bloqueio econômico contra o povo cubano que provocou prejuízos ao país que superam U$138 bilhões com o pretexto de “levar democracia aos cubanos”.
No seminário, as falas de Jasely Fernández Garrido, representante do consulado de Cuba em São Paulo e Vivian Mendes da Unidade Popular pelo Socialismo – UP e do movimento de solidariedade a Cuba, ressaltaram que Che Guevara amava sua pátria, mas acima de tudo, amava a classe trabalhadora. Como grande internacionalista, saiu de seu país natal (Argentina) para construir a luta em outros países da América Latina até chegar a Cuba. E após o triunfo da revolução cubana, passou por diversos outros países para fortalecer a luta revolucionária pela libertação dos povos. Che não se satisfez apenas com os triunfos conquistados em Cuba, e decidiu que daria sua vida a apoiar os povos do mundo a se libertarem também.
Fidel Castro, na cerimônia póstuma do nosso Comandante disse: “Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como o Che!”.
Ser como Che é ser essencialmente humano, ser movido por grandes sentimentos de amor aos povos do mundo, se indignar perante qualquer injustiça que se cometa em qualquer canto do mundo. Ser como Che é ter honra de ser comunista, de todos os dias lutar para ser cada vez o melhor e o primeiro, tendo um grande espírito de sacrifício diante da luta de derrotar o capitalismo e construir um mundo novo. Estar mais próximo do que foi o Che é estar mais perto do protótipo do novo homem e da nova mulher para o socialismo e em tempos de embrutecimento do sistema ser como Che se torna tarefa fundamental para o próximo período!
O sangue de Che corre na veia de cada militante da rebelião!
O Seminário Nacional Seremos Todos como Che incendiou os corações de cada revolucionário presente naquele plenário com o espírito do nosso heroico guerrilheiro. Para honrar sua memória e continuar seu legado, ao final do Seminário, os mais de 180 jovens presentes aprovaram por unanimidade a construção de uma grande jornada de lutas em nosso país.
Seguindo o exemplo de Che, decidiram que serão os primeiros no estudo, no trabalho e na luta. Assim, foram aprovadas três tarefas fundamentais para o próximo período:
- A construção de grandes lutas para derrotar o governo fascista de Bolsonaro, que tem como próxima ação a construção de manifestações nos.bairros populares no próximo dia 23 de outubro;
- Realizar, dos dias 25, 26 e 27 de novembro, uma jornada nacional “Seremos Todos como Che”, em que toda a juventude vai se dedicar ao trabalho voluntário entre o povo;
- Por último, iniciar a pré venda do livro “Obras Escolhidas de Che Guevara”, produzido pela UJR em conjunto com as Edições Manoel Lisboa.
Estudar e lutar, lutar e estudar! Seremos todos como Che!
Fotos: Amanda Alves, Yago Amador e Laura Passarella