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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

A necessidade de renovar nossa militância

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PCR: compromisso com a humanidade. Foto: Jorge Ferreira / JAV SP

Claudiane Lopes


Estamos vivendo um momento de grave crise econômica, política, social, ambiental e sanitária. A fome, a miséria e o desemprego cresceram de forma gigantesca. Famílias moram em praças, nos viadutos e comem o lixo jogado da burguesia. Diante de uma realidade tão desumana que o capitalismo nos impõe, qual é o papel dos comunistas nessa conjuntura?

De um lado, o aumento da pobreza, da degradação social e o aumento da exploração da classe trabalhadora. Do outro, os ricos ficando mais ricos, gigantesca concentração dos monopólios e do capital, o avanço dos governos fascistas em nosso país e no mundo. Com essa situação não dá mais para ter as mesmas ações como comunistas, é necessário ter uma nova envergadura, novas forças, uma nova consciência revolucionária diante do nosso papel para transformar essa realidade que nos oprime, mata e destrói nossas vidas.

As manifestações, atos e agitações crescem em nosso país. A Unidade Popular (UP) e o Partido Comunista Revolucionário (PCR) crescem a sua influência entre as massas trabalhadoras. Crescem as brigadas do jornal A Verdade, as ocupações urbanas do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), como também as ocupações das mulheres contra a violência patriarcal, organizadas pelo Movimento de Mulheres Olga Benario. A União da Juventude Rebelião (UJR) avança nos recrutamentos e na formação política. Da mesma forma, o Movimento Luta de Classes (MLC). Avançamos camaradas! Isso é um fato! Mas, para cada avanço, para cada nova tarefa revolucionária, devem nascer também novas forças.

Precisamos, portanto, recrutar com mais ousadia mulheres e homens para a Revolução. Formar com mais rapidez e profundidade os novos militantes a partir da ideologia do marxismo-leninismo. É preciso empregar mais energia no trabalho para avançar a luta do povo e isso requer sacrifício, espírito de abnegação, colocar as demandas coletivas acima dos nossos desejos pessoais.

Em suma, os comunistas precisam se esforçar continuamente para serem o protótipo da humanidade futura, como dizia Emmanuel Bezerra. Isso é um trabalho de construção de vida, uma opção quotidiana. Se recuamos ideologicamente, se o individualismo se sobressai ao coletivo, quem ganha é a ideologia mais antiga, a ideologia que mantém o capitalismo.

Brecht nos ensinou uma grande lição. Não importa se você tenha um ano de partido ou 20 anos, o que importa é o seu compromisso com a libertação da humanidade. É fazer com que a nossa jornada na militância comunista seja repleta de alegria, paixão, abnegação, amor aos camaradas e ao povo.

A militância não pode ser fardo para aqueles que estão há mais tempo na luta. Não podemos nos conformar na chamada “zona de conforto” ou no “só faço o que me pedem”, pois, assim, não se assumem novas tarefas, pois elas atrapalham as escolhas pessoais. Quem pensa assim e/ou age assim, só pode ter parado no tempo, não consegue enxergar a realidade e seu papel para transformá-la.

Camaradas, precisamos e devemos sempre buscar nosso crescimento como comunistas revolucionários. Todos os dias, precisamos aprofundar o nosso compromisso com os milhões de explorados existentes em nosso país e no mundo. É preciso iniciar um novo processo de transformação radical em nossas vidas e abandonar as velhas concepções, muitas vezes, ainda baseadas nas ilusões pequeno-burguesas sobre a vida. Mas agora é necessário renovar a nossa militância revolucionária, adquirindo uma nova consciência, uma nova postura sobre nossas tarefas e responsabilidades diante do coletivo partidário e, assim, nascerá uma nova conduta em nossas vidas.

Na verdade, isso faz parte da luta entre o velho e o novo, isso é constante, dialético e tem momentos de avanços e recuos. Por isso, é urgente mudar a nossa conduta, pois para aqueles e aquelas que já sabem de tudo, que acham que já fizeram muito pela Revolução, estão muitos enganados. Isso, na realidade, é pura arrogância, presunção e individualismo. E mais. Não condiz com a prática dos comunistas. Esse comportamento individualista trabalha silenciosamente para debilitar a unidade do partido e é incompatível com a moral revolucionária.

A classe trabalhadora só pode destruir o capitalismo se tiver construído o seu partido revolucionário. Esse partido tem que andar com uma profunda unidade de pensamento e de ação do conjunto de sua militância. Quanto mais coesão tem um partido, mais e melhor lutará. Esse partido é construído por mulheres e homens, aquelas e aqueles que compreenderam a causa de tantos sofrimentos da nossa classe. Mas, para avançarmos a luta revolucionária, precisamos urgentemente transformar a nossa atuação. Sempre podemos dar mais de nós para a Revolução, e é isso que o nosso povo necessita.

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