O ato contou com a participação de diversos movimentos e organizações políticas, que denunciaram o genocídio do povo negro e o governo Bolsonaro, além das ações policiais nas favelas que sempre acabam em mortes, geralmente de jovens negros.
Letícia Barbosa e Ian Vitor
Niterói (RJ)
LUTA POPULAR – Diversos movimentos negros e sociais promoveram um ato em frente à Câmara dos Vereadores de Niterói, no dia 20 de novembro, para repudiar a iniciativa do vereador Douglas Gomes (PTC) de homenagear o racista Sérgio Camargo, atual presidente da Fundação Palmares, em pleno Dia da Consciência Negra.
Ao escolher o dia 20 de novembro, data que simboliza a luta e a resistência da população negra brasileira, o vereador Douglas Gomes quis agredir diretamente aqueles que lutam diariamente contra o racismo. O mesmo vereador já foi acusado de transfobia contra a vereadora Benny Briolly (PSOL), mostrando que o respeito não é algo que valorize.
Sérgio Camargo é um conhecido defensor da exploração do povo negro e puxa-saco do presidente fascista Jair Bolsonaro. À frente da Fundação Palmares, já defendeu a mudança do nome do órgão para “Fundação Princesa Isabel”, além de sempre dar declarações que negam a existência do racismo no Brasil. Camargo representa os ideais fascistas do governo do ex-capitão, o supremacismo branco e a submissão dos negros aos modernos senhores de engenho, a burguesia.
O ato contou com a participação de diversos movimentos e organizações políticas, com a União da Juventude Rebelião (UJR), Unidade Popular (UP) e o Movimento Negro Perifa Zumbi, PSOL, entre outros. Várias denúncias contra o genocídio do povo negro e o governo Bolsonaro foram feitas, especialmente contra as ações policiais nas favelas que sempre acabam em mortes, geralmente de jovens negros.
Terminado o ato em Niterói, os manifestantes partiram para Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para fortalecer a Marcha das Periferias pelo “Fora Bolsonaro”, protesto que marcou o 20N no Rio.
Sem dúvida, essas manifestações demonstraram que cresce a cada dia a consciência entre a população negra e periférica do nosso país de que é preciso seguir lutando contra o fascista Bolsonaro e seus aliados. Não vamos sair das ruas enquanto não alcançarmos uma sociedade justa e de igualdade plena, ou seja, socialista, pois só assim poderemos viver uma verdadeira democracia racial.