A Unidade Popular pelo Socialismo (UP), o mais novo partido do Brasil, convocou para o próximo final de semana – de 12 a 14 de novembro – seu 2º Congresso Nacional, que será realizado em São Paulo. O congresso tem o tema “Povo nas ruas, UP nas Lutas” e propõe uma nova jornada de lutas contra o fascismo e pelo Fora Bolsonaro.
Redação São Paulo
Com o tema “Povo nas ruas, UP nas Lutas”, o congresso pretende discutir a situação política e econômica do país, as lutas por melhores condições de vida e pela derrubada do governo fascista de Jair Bolsonaro.
Segundo Leonardo Péricles, presidente nacional da UP:
“Forjar um partido revolucionário e popular e derrotar o fascismo é a principal tarefa da esquerda no Brasil no momento atual. A partir deste objetivo, o 2º Congresso Nacional tomará decisões sobre algumas tarefas de extrema urgência.”
Para Péricles, “o congresso será decisivo para a organização do partido, consolidando o papel dos núcleos de base e dando início a uma campanha intensiva de filiações”. Ainda segundo o presidente da UP, “este 2º Congresso Nacional será um chamado para a realização de novas jornadas de luta no próximo período, aprovando um programa socialista e revolucionário para retirar o Brasil da crise”.
Ainda que seja o partido mais novo no país, a Unidade Popular teve papel destacado nas manifestações pelo Fora Bolsonaro que têm ocorrido desde maio, sendo protagonista na construção da articulação Povo na Rua, que reúne organizações da esquerda socialista.
É preciso um programa revolucionário para enfrentar o fascismo
Além de discutir a conjuntura e as tarefas do partido no próximo período, o congresso também elegerá seu próximo Diretório Nacional e definirá a tática da Unidade Popular para sua primeira participação enquanto partido legal nas eleições presidenciais do próximo ano.
Durante as etapas de preparação ao Congresso Nacional, a direção e a militância da Unidade Popular, têm discutido e avaliado a necessidade de uma verdadeira candidatura de esquerda nas próximas eleições nacionais. Uma candidatura que defenda a soberania nacional e industrialização da economia sob controle da classe trabalhadora, a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, o fim das privatizações, a auditoria cidadã da Dívida Pública, a redução da jornada de trabalho, o congelamento do preço dos alimentos e o fim da carestia e a defesa das reformas urbana e agrária. Por isso, o congresso do partido discutirá o lançamento de uma pré-candidatura da Unidade Popular à Presidência da República para defender essas propostas e uma unidade da esquerda antifascista e anti-neoliberal no Brasil.
A Unidade Popular realizará seu congresso nacional de forma presencial porém quórum reduzido, para garantir as condições de proteção sanitária. São esperados 200 delegados, eleitos em 20 estados, representando as 5 regiões do país. Segundo a organização, além da representatividade regional do país, o congresso contará com delegações que expressam as diversidades do povo brasileiro, com maioria de negros, negras, mulheres e a classe trabalhadora.