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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

3º Festival Anaydes reuniu diversas mulheres artistas na Paraíba

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Vitória Ohara, durante sua apresentação no Festival

Rebeca Braz | Paraíba
Fotos: Fernando Vidal


CULTURA – No último dia 18 de fevereiro, foi aniversário de 117 anos de nascimento da poeta e professora Anayde Beiriz¹. Em sua homenagem, o Anaydes – Coletivo de Mulheres Artistas organizou o 3° Festival Anaydes – mulheres da arte-revolução, que ocorreu na Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico de João Pessoa. O evento teve como tema o Baile de Máscaras, incentivando o cuidado e a prevenção contra a Covid-19 com muita arte.

O festival contou com espaço para a venda de artesanato e comida; estrutura para exposições artísticas, debates, Slam Subversivo, Palhaçaria e apresentações musicais e de dança, como Nathália Bellar, Vitória Ohara, Sinamonis, Lua Isa, Ziz Jéssica Larissa, DJ Lane Frontt, entre outras. O coletivo firmou parceria com Centro Cultural Espaço Mundo. Cerca de 200 pessoas passaram pelo festival na tarde e noite do evento.

“Sem dúvidas, esta terceira edição superou nossas expectativas, pois, mesmo sem contar com patrocínios do setor público e privado, apostamos na construção coletiva e na força criativa dessas mulheres artistas e lutadoras que se inscreveram para somar no festival”, avalia Vitória Ohara, uma das coordenadoras da atividade.

Centro Histórico de João Pessoa

Para além de dar luz à figura da poeta Anayde Beiriz, o festival tem como objetivo levantar um debate necessário sobre o lugar das mulheres trabalhadoras da arte na Paraíba, a falta de paridade de gênero nos espaços culturais e os frequentes casos de apagamento e abuso dessas trabalhadoras.

O Coletivo Anaydes surgiu em 2019, a partir da necessidade do Movimento de Mulheres Olga Benario de pautar a realidade das trabalhadoras da arte e incentivar novas artistas paraibanas.

¹ Anayde Beiriz foi uma importante intelectual, poeta, jornalista e educadora popular, que viveu na Capital paraibana entre os anos de 1905 e 1930 (ano em que foi suicidada pela sociedade da época, após difamação e exposição de cartas íntimas no maior jornal em circulação da época).

Rebeca Braz, militante do Coletivo Anaydes e do Movimento Olga Benario

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