Alexander Feitosa
COLÔMBIA – Mais uma vez, a burguesia pró-imperialista e seus governos fascistas na Colômbia perseguem, sequestram, torturam e assassinam milhares de seres humanos. O discurso dos governos colombianos em defesa da paz não passou de uma grande mentira. A intenção, na verdade, era impedir que uma revolução popular triunfasse, desarmando as organizações guerrilheiras, promovendo novos massacres, recrudescendo a repressão aos movimentos populares, tudo para aumentar a exploração sobre o povo.
Como revelou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), entre a assinatura do Acordo de Paz, em novembro de 2016, e 31 de janeiro deste ano, foram assassinados na Colômbia 1.300 dirigentes sociais. Destes, 303 ex-guerrilheiros das FARC-EP.
Somente neste último mês janeiro, 14 dirigentes sociais e três ex-guerrilheiros em processo de reintegração foram mortos. O número de massacres duplicou o registado há um ano. Foram reportados 13 massacres (sete a mais que em janeiro de 2021) com um total de 39 pessoas mortas. Além disso, de acordo com o Observatório de Direitos Humanos e Conflitos do organismo referido, foram registados, só em janeiro de 2022, 214 homicídios seletivos, 98 ameaças, 58 atentados com tentativa de homicídio, 25 perseguições, 17 desaparecimentos forçados e 16 deslocamentos forçados massivos.
Mesmo depois de o Tribunal Constitucional ter emitido sentença em que classifica a situação como um “estado de coisas inconstitucional”, responsabilizando o governo de Iván Duque na falta de implementação de garantias à segurança destes cidadãos, as perseguições e assassinatos aumentaram, revelando toda a violência de Estado levada a cabo por esse governo assassino com o apoio do imperialismo estadunidense.
Por outro lado, o silêncio dos grandes meios de comunicação revela sua cumplicidade com essa ditadura fascista assassina, que oprime com tamanha violência seu povo. É preciso fazer uma campanha internacionalista de denúncias desses crimes e em solidariedade ao bravo povo colombiano, que recentemente enfrentou nas ruas as medidas antipopulares do governo.