UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Massacre na Colômbia: em cinco anos, 1.300 líderes populares foram assassinados

Alexander Feitosa


COLÔMBIA – Mais uma vez, a burguesia pró-imperialista e seus governos fascistas na Colômbia perseguem, sequestram, torturam e assassinam milhares de seres humanos. O discurso dos governos colombianos em defesa da paz não passou de uma grande mentira. A intenção, na verdade, era impedir que uma revolução popular triunfasse, desarmando as organizações guerrilheiras, promovendo novos massacres, recrudescendo a repressão aos movimentos populares, tudo para aumentar a exploração sobre o povo.

Como revelou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), entre a assinatura do Acordo de Paz, em novembro de 2016, e 31 de janeiro deste ano, foram assassinados na Colômbia 1.300 dirigentes sociais. Destes, 303 ex-guerrilheiros das FARC-EP.

Somente neste último mês janeiro, 14 dirigentes sociais e três ex-guerrilheiros em processo de reintegração foram mortos. O número de massacres duplicou o registado há um ano. Foram reportados 13 massacres (sete a mais que em janeiro de 2021) com um total de 39 pessoas mortas. Além disso, de acordo com o Observatório de Direitos Humanos e Conflitos do organismo referido, foram registados, só em janeiro de 2022, 214 homicídios seletivos, 98 ameaças, 58 atentados com tentativa de homicídio, 25 perseguições, 17 desaparecimentos forçados e 16 deslocamentos forçados massivos.

Mesmo depois de o Tribunal Constitucional ter emitido sentença em que classifica a situação como um “estado de coisas inconstitucional”, responsabilizando o governo de Iván Duque na falta de implementação de garantias à segurança destes cidadãos, as perseguições e assassinatos aumentaram, revelando toda a violência de Estado levada a cabo por esse governo assassino com o apoio do imperialismo estadunidense.

Por outro lado, o silêncio dos grandes meios de comunicação revela sua cumplicidade com essa ditadura fascista assassina, que oprime com tamanha violência seu povo. É preciso fazer uma campanha internacionalista de denúncias desses crimes e em solidariedade ao bravo povo colombiano, que recentemente enfrentou nas ruas as medidas antipopulares do governo.

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes