8M | MULHERES VÃO ÀS RUAS PELO FIM DA VIOLÊNCIA E PELO FORA BOLSONARO!

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Claudiane Lopes | Jornalista

BRASIL – No dia 8 de março, aconteceu várias manifestações em todo Brasil. Mulheres ocuparam às ruas pela derrubada do governo do genocida Bolsonaro e no combate tudo aquilo que ele representa: a fome, o desemprego, a miséria, o machismo, a lbtfobia e o racismo. O dia de luta das mulheres trabalhadoras demostra a coragem e a determinação das brasileiras na garantia de seus direitos, contra a violência e pela vida das mulheres.

Ocorreram duas ocupações de mulheres organizadas pelo Movimento Olga Benario para denunciar a violência contra a mulher e a insuficiência das políticas públicas no seu combate pelos governantes. Uma em Recife (PE), batizada de Centro de Referência Soledad Barrett, sendo a mais nova Casa de Referência para mulheres vítimas de violência de gênero. A segunda no Rio de Janeiro, onde foi inaugurando a Casa de Referência da Mulher Almerinda Gama no imóvel vazio que estava há oito anos, sem cumprir função social no centro da cidade. A Casa de Referência irá atender, acolher e organizar mulheres em situação de vulnerabilidade, garantindo orientação e auxílio no momento da denúncia das violências sofridas.

No centro econômico do país em São Paulo, foi realizado um grandioso ato nas ruas da Avenida Paulista denunciando a realidade da mulher, reivindicando seus direitos, e se manifestando contra o atual governo da morte e do desemprego. Manifestantes queimaram boneco do deputado estadual Arthur do Val (ex-Podemos), autor de comentários misóginos sobre refugiadas ucranianas. O Movimento Olga Benario também esteve presente no ato em Campinas no Largo do Rosário. Em Mauá, as mulheres do movimento seguem resistindo para manter a Casa Helenira Preta II após a invasão sem mandado da Guarda Civil e Militar (GCM) a mando do prefeito. Já são mais de 48h de resistência, com muitas apoiadoras passando pelo local.

Em Porto Alegre, o Movimento Olga Benario tocou fogo no boneco representando o fascista e genocida Bolsonaro no ato na esquina Democrática. Além disso, cobrou da prefeitura a religação imitada da energia da Casa Mulheres Mirabal que está a 6 meses sem luz, num espaço que acolhe mulheres vítimas de violência. Em Belo Horizonte, a manifestação ocorreu na Praça da Liberdade com a participação de diversos movimentos de mulheres e partidos políticos, ademais também foi comemorado 06 anos da Casa de Referência à mulher Tina Martins. Na capital, em Brasília, massas femininas tomou parte da Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional, exigindo que o seja derrubada o veto do presidente ao Projeto de Lei (PL) 4968/19, que prevê distribuição gratuita de absorventes para mulheres pobres, detentas e estudantes de baixa renda de escolas públicas.

Na Bahia, cerca de 100 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda Botafogo, área improdutiva de 313 hectares no município de Jussari (BA), com objetivo de promover a reforma agrária. Em Salvador, a manifestação teve o trajeto do Campo Grande até a praça da Piedade e foi tomado por milhares de mulheres, o Movimento Olga Benario e a Casa Preta Zeferina participaram em peso. Em João Pessoa, o Olga fez uma manifestação na porta da Delegacia da Mulher, exigindo mais segurança e proteção as mulheres. Na cidade de Patos, movimento Olga fez o lançamento da Marias – Rede de Apoio a Mulheres em Situação de Violência. Em Cajazeiras foi realizado um ato relembrando as mulheres Cajazeirenses que foram vítimas de feminicídio. Também teve ato na cidade de Campina Grande.

No Ceará, o Movimento Olga Benario esteve em luta na cidade de Fortaleza e no Juazeiro do Norte em conjunto aos demais movimentos feministas, partidos e sindicatos. Durante o percurso foi realizado o rebatismo da Rua Floriano Peixoto (militar, presidente do Brasil no início da República)  para a Rua Sofia Gisely, jovem travesti assassinada por transfobia em fevereiro de 2022 em Fortaleza.
O movimento Olga Benario e a Unidade Popular (UP) também estiveram presentes em atos nas cidades: Belém,  Petrolina, Jacobina, Maceió, Passo Fundo, Cuiabá, Goiânia, Espirito Santo, Juiz de Fora e Ouro Preto. Para Indira Xavier – Da Coordenação Nacional do Movimento Olga Benario: “Na pandemia, os casos de violência contra a mulher só aumentaram, o desemprego e o aumento do preço dos alimentos também, a cada dia que passa, as condições de vida das mulheres se tornam mais precárias. Muitas mães encontram-se desempregadas, tendo que lutar todos os dias para garantir o alimento de seus filhos, pois, as tarefas domésticas e maternas, que recaem somente sobre as mulheres, não são consideradas trabalho, portanto, não possuem remuneração, e com a falta de creches, muitas mães não podem trabalhar. Essa é uma realidade que lutamos para transformá-la”, aponta.
Em momento de fascismo crescente, de guerra imperialista e a carestia em alta, bem como desempregos, as mulheres trabalhadoras foram mais uma vez às ruas lutar pelo fora Bolsonaro e mostrar que temos uma saída. Somente com o fim do capitalismo na sua fase final imperialista, as mulheres e toda a classe trabalhadora poderão ter uma vida com dignidade e liberdade com a construção de uma sociedade socialista. É por isso, que continuamos a lutar pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo!
Viva a luta das mulheres trabalhadoras!

São Paulo - SP

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