Fascistas atiram em manifestantes no 1º de Maio, no Chile

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Em Santiago, fascistas iniciaram um tiroteio no 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. Denúncias apontam que um carro em alta velocidade, com vidros escuros, também disparou contra os manifestantes. Igor Barradas | Redação Rio
INTERNACIONAL No Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em Santiago, no Chile,  fascistas fortemente armados iniciaram um tiroteio brutal contra os manifestantes. Cerca de 150 mil pessoas estavam na Alameda, a principal avenida da cidade, quando iniciou a ação paramilitar que tentou acabar com o ato. Francisca Sandoval, jornalista do Canal Señal 3 de La Victoria, um menor de idade e duas outras pessoas foram fortemente feridos. A jornalista está no antigo Posto Central, em recuperação. Tradicionalmente, manifestações, greves e atos são realizados pelos trabalhadores de todo o mundo nesta data histórica. Após o ataque, dois sujeitos que estavam envolvidos no atentado foram seguidos pelas câmeras e conseguiram ser identificados. Se iniciou uma busca pelos homens, que logo foram encontrados. Os dois detidos são ligados a grupos de extrema-direita e maiores de idade. Um deles tinha antecedentes criminais. A atividade nem sequer chegou a terminar quando as Forças Especiais dos Carabineros, a polícia militarizada chilena, atacaram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Confrontos deste tipo são comuns no Chile. Em 2019, pelo menos 230 pessoas perderam a visão, parcial ou completamente do olho afetado, devido a tiros com espingarda de pressão disparados por agentes policiais durante protestos contra o antigo governo. Inúmeras organizações denunciaram a polícia militar do Chile por violações aos direitos humanos no país.