O Movimento Luta de Classes (MLC) realizou atividades de formação política e aproveitou as manifestações populares na formação dos e das participantes do próximo Congresso Estadual de São Paulo.
Thais Gasparini | professora e militante do Movimento Luta de Classes
SÃO PAULO – Durante os meses de março, abril e maio, o Movimento Luta de Classes do estado de São Paulo realizou diversas atividades como forma de preparação para o congresso estadual do movimento. As atividades contaram com a presença de dezenas de trabalhadores que, coletivamente, discutiram as principais questões que tocam a classe trabalhadora na conjuntura atual.
Com a chamada “contra o fascismo e a exploração! MLC nas greves e nas ruas!”, a coordenação estadual do MLC aprovou um calendário de lutas, cursos e plenárias para a formação dos militantes do movimento e a preparação do congresso.
Em março, no mês da mulher trabalhadora, foi realizada a plenária “o papel das mulheres na luta sindical”, conduzida pelas companheiras Lígia Mendes (servidora da saúde e diretora do SINDSEP) e Júlia de Campos (servidora da educação e representante sindical do SINSERV de Santo André).
Apesar de serem a maioria da população, as mulheres são o setor mais explorado no sistema capitalista e são pouco representadas nas direções dos sindicatos. No debate, as mulheres reafirmaram que a unidade das trabalhadoras no movimento sindical é fundamental para a luta pelos direitos trabalhistas e como essa organização avança no sentido da revolução proletária. Fora esse encontro virtual, o movimento participou do ato das mulheres tanto da capital quanto em outras cidades onde tem atuação, levantando a bandeira da luta pelos direitos das trabalhadoras e pelo socialismo.
Já em abril, foi realizado o curso “Marx e os sindicatos” ministrado por Eduardo Lagroteria, eletricitário e cipeiro, e Thais Gasparini, professora da rede estadual. O curso utilizou como material de estudo as indicações do Jornal A Verdade no programa de formação promovido durante a pandemia.
Para o MLC é de grande importância entendermos como os sindicatos devem se posicionar e dirigir as lutas da classe trabalhadora. O entendimento do marxismo e sua assimilação prática é a condição básica para desenvolver o movimento sindical classista revolucionário.
Neste mesmo mês, no dia 2 de abril, o MLC esteve junto a outros movimentos sociais e organizações políticas no ato contra a fome, violência e desemprego e pelo Fora Bolsonaro, ocupando mercado para reivindicar cestas básicas para as famílias sem teto organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas.
Em maio, mês dos trabalhadores, a plenária virtual “As condições precárias do trabalho e saúde do trabalhador” foi construída pelos participantes através da presença de Gabriela Onias, estudante da USP e diretora da Liga de Atenção à Saúde e Trabalho. Neste encontro, foi debatido como que a saúde do trabalhador está totalmente ligada às condições de trabalho e como a política de terceirizações e privatizações são as grande responsáveis pelo adoecimento dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Dia 1º de maio, dia de luta da classe trabalhadora, os militantes foram às praças e portas de fábricas para conversar com a população sobre a necessidade da nossa união para a derrubada do governo fascista de Bolsonaro. Além disso, o MLC participou do lançamento da primeira edição quinzenal do Jornal A Verdade – conquista muito importante para os movimentos sociais e a classe trabalhadora – e do lançamento da pré-candidatura à presidência de Leonardo Péricles pela Unidade Popular (UP). A UP é o partido que o MLC constrói e ajuda a formular o programa político.
O Congresso Estadual do MLC será no dia 10 de julho, a partir das 8h, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Realizar este congresso é de grande importância na conjuntura que estamos vivendo hoje no nosso país de avanço do fascismo e onde metade da população passa fome com mais de 30 milhões de brasileiros sem emprego.
O encontro tem como objetivo reunir os trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias para discutir a organização do movimento e o plano de lutas para o próximo período para a derrubada de Bolsonaro e construção de um movimento sindical combativo e consequente.
O MLC é um movimento que se propõe a levantar bem alto a bandeira em defesa dos direitos dos trabalhadores e a transformação da sociedade, para uma outra livre de exploração em que as riquezas estarão nas mãos de quem produz.
Participe do Congresso Estadual do MLC em São Paulo.
mto bom