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domingo, 24 de novembro de 2024

Bolsonaro reforça ameaça golpista a embaixadores

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Bolsonaro realiza reunião com embaixadores estrangeiros para anunciar golpe. TSE pede “basta” ao autoritarismo. Organizações políticas e parlamentares reagem e afirmam necessidade de ir às ruas em defesa do processo eleitoral.

Felipe Annunziata | Redação Rio


BRASIL – No dia de ontem (18), Bolsonaro realizou uma reunião no Palácio da Alvorada com mais de 40 embaixadores estrangeiros. No encontro com as autoridades diplomáticas ele reforçou as ameaças golpistas contra as eleições deste ano.

“Entendo que não deveria ter tido eleições em 2020”, disse o presidente fascista na reunião, que foi transmitida ao vivo pela TV Brasil. Na reunião também estava presente o ministro da Defesa, o general golpista Paulo Sérgio Nogueira.

Bolsonaro reafirmou suas mentiras de fraudes nas eleições e atacou ministros do TSE. No desespero, ao ver as chances de perder as eleições em outubro aumentarem a cada dia, o ex-capitão apela cada vez mais à chamada golpista.

Ministro do TSE pede “basta” às ameaças golpistas 

Logo depois das declarações de Bolsonaro aos embaixadores, o ministro do TSE Edson Fachin pediu basta à “desinformação e ao populismo autoritário”. Fachin ressaltou que mais uma vez o sistema eleitoral estava sob ataque e agora era pior, pois o presidente envolveu também a política externa.

Entre os próprios embaixadores as declarações levantaram ainda mais o temor que o presidente fascista irá mesmo tentar um golpe. Segundo o jornal estadunidense The New York Times, dois embaixadores presentes na reunião manifestaram preocupação com o envolvimento das Forças Armadas no processo eleitoral.

Organizações políticas e parlamentares reagem

O evento golpista do presidente também gerou reações em vários setores da sociedade.

“Consideramos grave a ameaça à democracia, o que Bolsonaro e Forças Armadas vêm fazendo quando inventam notícias sobre as urnas eletrônicas. Querem aplicar um golpe e por isso precisamos tomar as ruas”, afirmou Leonardo Péricles, pré-candidato a presidente pela Unidade Popular (UP).

Já o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou no Twitter que “o genocida não está preocupado com ‘segurança’ de urna. O que ele quer é aglutinar a sua base de extrema-direita para o projeto golpista porque sabe que eleitoralmente está liquidado. O ‘voto auditável’ de Bolsonaro é a cloroquina da vez. Pra derrotá-lo, é rua!”.

Por sua vez, a deputada Natália Bonavides (PT-RN) disse que a escalada golpista de Bolsonaro não intimida. “Não temos ilusões que as eleições serão tranquilas. O MENTIROSO DA REPÚBLICA sabe que vai perder e aumentou ainda mais a escalada golpista e os ataques contra as urnas. Não nos intimidaremos! Não temos medo! A resposta será nas ruas e nas urnas”, afirmou a deputada.

Diante do aumento das ameaças golpistas de Bolsonaro, mais pessoas têm se manifestado a favor de uma saída às ruas nesse momento. O Brasil sempre foi vítima de golpes promovidos pelos militares fascistas e a grande burguesia nacional. Esses movimentos sempre foram barrados e derrotados quando o povo e os trabalhadores saíram às ruas. Desta vez não será diferente.

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