Carta aberta ao militante revolucionário

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“A grande tarefa da revolução consiste em formar o homem novo” – Fidel Castro

Larissa Lamarca, militante da UJR


MINAS GERAIS – Começo este escrito destacando seu caráter de chamamento às reflexões que precisam ser avermelhadas e referenciadas na construção cotidiana de nossas vidas como militantes revolucionários.

A começar propriamente pelo senso que produzimos dessa e de tantas outras tarefas que assumimos de forma responsável, quando entendemos o justo peso e significância de cada atividade, e em sinergia com a abdicação necessária para a luta que construímos.

Assumir-se como revolucionário não é simples e, em plenas condições da assimilação da complexidade que isso representa, é que o fazemos, cientes que o espírito de camaradagem será a resposta pra quando individual ou coletivamente nos depararmos com as adversidades da disputa capitalista de nossas consciências.

No dia em que escrevo não se somam nem uma semana do início da campanha eleitoral nacional, e inúmeras foram as vezes que nossos quadros demonstraram firmeza ante o desafio de propagandear uma campanha popular, antirracista, antifascista, anticapitalista e fora do eixo despolitizado em que se encontra o atual estado negativo de direitos.

Este escrito é para celebrar devidamente cada camarada que de modo consistente, tem demonstrado profunda clareza das razões que regem a nossa estruturação para a luta fundamental contra o facismo e a crescente da direita, e sobretudo, contra o golpe militar que está em curso no Brasil.

Camarada, tenhamos ânimo, temos raízes profundamente cultivadas que realizam a sustentação de nossas convicções, são aqueles que construíram as experiências socialistas ao redor do mundo, e são aqueles que no Brasil foram peças fundamentais para o desgaste do sistema escravista e responsáveis pela experiência comunalista que foram as experiências da República de Palmares e do assentamento de Canudos.

A história demonstra que essas experiências foram combativas ao sistema econômico, político e social que estava posto, de que viver e aceitar a insuficiência deste sistema não bastava, que era necessário fazer diferente, não aceitar que um salvador único poderia cair dos céus, mas sim, coletivamente construir a libertação de suas opressões.

A história continua a nos apontar a mesma assinatura temporal de que é urgente a transformação da realidade desigual que vivemos, que não só estreita as condições precárias de nossas vidas, como opera para exploração de tudo que é genuinamente do povo.

Por todos estes motivos é que hoje cada quadro revolucionário que ousa lutar pelas candidaturas da Unidade Popular, está ousando escrever também parte significativa da história do poder popular.

Não nos enganemos de que basta estar convencido de nossas propostas, é preciso ousar ir além e ter a coragem de dizer, dia após dia, panfletagem após panfletagem, que somos todos nós responsáveis por organizar as massas, sendo parte ativa para o despertar da consciência da classe trabalhadora.

Não nos deixemos levar por falsas acusações daqueles que desconhecem nossa atuação, mas façamos deste momento, oportunidade ímpar para reafirmar nossa linha política.

É preciso que estejamos ao máximo inclinados para manter nosso bem estar físico e mental, e assim dia após dia resguardamos também nossa saúde ideológica.

Sigamos e sejamos combativos sempre! Luta sim, luta mais!