Governo federal paralisa orçamento da educação. Institutos e Universidades Federais correm o risco de fechar suas portas. Inimigo jurado dos estudantes e professores brasileiros, o Governo Bolsonaro retirou hoje R$1,1 bilhão da educação pública.
Igor Barradas | Redação RJ
BRASIL – Nesta quarta-feira (25), o governo do presidente fascista Jair Bolsonaro bloqueou R$1,1 bilhão do orçamento do MEC (Ministério da Educação) de 2022. O bloqueio ameaça fechar as federais foi anunciado em ofício para os demais Institutos e Universidades Federais.
Através do Decreto 11.216, o ex-capitão cortou mais de R$1,1 bilhão do orçamento de 2022 em recursos destinados às universidades públicas federais, institutos federais, Cefets e Colégio Pedro II. Com esse novo corte, o governo federal já retirou dessas instituições de ensino, em 2022, R$2,4 bilhões de reais.
O corte orçamentário acarreta no fim do funcionamento dessas instituições de ensino como as conhecemos, impactando sobre as atividades de pesquisa, projeto, extensão e bolsas dos estudantes.
Para as instituições federais de ensino, há redução de 5,8% nos limites de movimentação e empenho. Através desse bloqueio, os institutos juntam uma perda significativa de R$300 milhões. Agora foram congelados R$147 milhões, enquanto o restante foi cortado em junho.
O MEC e o Ministério da Economia foram questionados sobre o corte, mas não responderam até a publicação desta matéria.
Governo do fascista quer perseguir estudantes e fim da educação pública
Qual o motivo de toda esta ameaça contra a educação? Por que Bolsonaro é um inimigo jurado dos jovens e estudantes do país que diz tanto amar? É por quê o ex-capitão sabe que na pesquisa do DataFolha de julho foi revelado que 67% dos jovens não votam nele de jeito nenhum. Bolsonaro é o candidato mais rejeitado entre os jovens de 16 a 29 anos.
A verdade é que esse governo de mercenários tem um enorme ódio do pensamento crítico da educação, em especial dos estudantes e professores brasileiros.
Esse atentado contra o povo brasileiro serve para enriquecer os tubarões da educação, donos das grandes empresas donas das universidades privadas, escolas particulares e pré-vestibulares. Esses empresários, que nunca trabalharam na vida mas exploram mão de obra barata, aumentam suas riquezas com o sucateamento da educação pública.
Barrar os cortes nas ruas
Em 2019, os cortes orçamentários na educação provocaram a mobilização de milhões de estudantes. Em mais de 222 cidades foram registrados protestos contra os cortes anunciados pelo MEC. Enfurecidos, demonstraram que para termos uma educação pública, é preciso derrubar esse governo corrupto.
Em entrevista ao jornal A Verdade, Miguel Hauer, Diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), pelo Movimento Correnteza, fala sobre o ataque de Bolsonaro contra a educação brasileira: “Vivemos a maior crise política econômica desde a redemocratização do país. Os estudantes sofrem, agora, mais um ataque de Bolsonaro. Bilhões foram retirados da educação pública, ameaçando o fechamento das universidades e institutos federais. Precisamos, portanto, fortalecer as lutas pelo Fora Bolsonaro! E não só derrubar o governo fascista, mas, ao mesmo tempo, impulsionar a luta pela revogação das reformas realizadas no período golpista, bem como os cortes orçamentários e a suspensão das privatizações. É urgente mobilizar milhões para repudiar as recentes posturas desse governo.”
Enquanto dão verba pro centrão e para o orçamento secreto, planejam a destruição do ensino, da pesquisa e do desenvolvimento científico no Brasil. De fato, os generais e banqueiras pretendem arrancar da educação essa quantia bilionária para entregar aos lobbies de especuladores e parasitas do sistema financeiro.
Por tudo isso, entre os dias 10 e 17 de Outubro estão previstas assembleias em suas escolas e universidades federais, e dia 18/10 irão para as ruas lutar contra os cortes bilionários e pelo Fora Bolsonaro.