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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Israel cria leis para deportar famílias palestinas

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Novas leis propostas pelo governo sionista de Israel garantem a deportação dos palestinos e são denunciadas por entidades internacionais enquanto crimes contra a humanidade.

Igor Barradas | Redação RJ


INTERNACIONAL – Após as últimas manifestações denunciando os crimes de Israel, o parlamento israelense está em processo de aprovar leis desumanas que criminalizam ainda mais a vida do povo palestino. Uma das leis em trâmite permite a revogação da cidadania ou residência dos cidadãos que cometeram “atos de terror”, buscando deportá-los para a Palestina ocupada.

De acordo com o projeto, os que forem condenados à prisão por crimes que violam a “confiança no Estado de Israel” serão expulsos de suas casas e deverão ir embora do país.

Caso a lei seja aprovada, a nova legislação será aplicada tanto aos cidadãos palestinos de Israel quanto aos residentes permanentes de Jerusalém. Na prática, a lei será utilizada contra todos aqueles que apoiam a luta dos palestinos contra as imposições do país, prisões políticas e mortes pelas guerras.

Deportação forçada é crueldade e crime contra a humanidade

Israel restringe a liberdade de ir e vir do povo palestino, submetendo-os a enormes humilhações e privações cotidianas. Andando pelas ruas de Israel, os palestinos são obrigados a mostrar seus documentos, enquanto as forças armadas os apontam fuzis.

95% dos presos políticos palestinos enfrentam algum tipo de tortura no cárcere sionista. As políticas israelenses abusivas constituem crimes de guerra e contra a humanidade. São semelhantes aos crimes praticados pelo regime do Apartheid, na África do Sul, século passado.

No país, atualmente, já existem leis opressivas em vigor. Algumas inclusive permitem a revogação da cidadania ou residência de palestinos.

Este novo projeto de lei, todavia, marca a primeira vez que se busca deportar pessoas para o território palestino.  “A nova lei constituiria um ato de transferência forçada que é proibida pelo Artigo 49 da Quarta Convenção de Genebra e equivale a uma violação grave desta convenção e, portanto, a um crime de guerra.” denunciou Saba Pipia, consultor jurídico do Centro de Direito Humanitário Internacional Diakonia.

Regime colonial busca de todas as formas expulsar palestinos de seus territórios

Para manter o território palestino ocupado militarmente, Israel cria leis que perseguem a população local, além de promover o roubo terras e recursos naturais. Seca rios e impede o acesso à água potável, eletricidade e outros serviços básicos como saúde. Durante o auge da pandemia de Covid-19, Israel impediu a vacinação de palestinos.

Não há uma real concessão de licenças para palestinos construírem suas moradias. Somente 7% de 21 mil planos habitacionais para casas palestinas em 2019 foram aprovados, de acordo com o grupo Ir Amim.

A resposta da legislação penal aplicada quando os palestinos constroem moradias não autorizadas é a demolição dessas casas. Se as famílias não destroem suas casas elas mesmas, o governo cobra pelo trabalho de demolição. Alguns pagam 20 mil dólares somente para demolir suas casas.

É urgente fortalecer a solidariedade com povo palestino e encerrar a farra de Israel, que desde sua origem usurpa a terra palestina, deporta-os de seus territórios, e serve como de estado policial do imperialismo.

 

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