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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Ministro do GSI pede demissão após vídeos comprovarem sua conivência com o golpe de 08/01

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Vídeos publicados mostram cumplicidade de militares do Gabinete de Segurança Institucional com golpistas de 8 de janeiro. Ministro do GSI aparece nas imagens e negou a entrega dos vídeos à presidência da república. Governo precisa punir rapidamente golpistas e fascistas de janeiro.

Felipe Annunziata | Redação


Após a revelação, pela CNN Brasil, de vídeos do circuito interno do Palácio do Planalto da tentativa de golpe de 8 de janeiro, o ministro (e general do Exército) Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu demissão. Nos vídeos aparecem militares do GSI atuando de forma conivente com os vândalos golpistas.

Em algumas tomadas, aparece o próprio ministro circulando pelo terceiro andar do Planalto, onde fica o Gabinete Presidencial. Desde a tentativa de golpe, o presidente Lula vem afirmando que não seria possível os fascistas invadirem a sede do governo se não tivesse conivência de gente de dentro.

O fato é que o GSI foi o último Ministério a ter membros do Governo Bolsonaro a serem demitidos. Gonçalves Dias, com o apoio dos militares, fez de tudo para adiar a demissão de assessores e militares ligados ao ex-ministro general Augusto Heleno.

O ministério de Dias é o mais contaminado pela política fascista de Bolsonaro. Até fevereiro, o órgão abrigava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ainda abriga o Batalhão de Guarda Presidencial, que, no dia do golpe, também conivente com os fascistas.

Segundo o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o ministro Gonçalves Dias não entregou os vídeos do GSI ao governo federal. Dias negou a entrega dos vídeos, agora publicados, ao próprio presidente da república.

Os vídeos comprovam que militares do GSI ajudaram os golpistas a invadirem e fugirem da cena do crime.

A demissão do ministro é uma ação necessária. No entanto, apenas com a punição dos golpistas e a limpeza total dos órgãos militares e da inteligência dos elementos fascistas será possível evitar um novo 8 de janeiro.

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  1. Lembrando que o atual Ministro do Exército( General Tomás Miguel Ribeiro Paiva), lançou Bolsonaro em 2014 como candidato a presidente da republica e os cadetes na época o receberam ao grito de líder.

  2. Há, no Brasil, um partido militar composto por militares da ativa e da reserva, familiares desses militares e aliados. Eles têm um projeto de poder político e econômico. Eles têm grandes aliados como: grande mídia e elite financeira. As instituições da república têm medo de enfrentá-lo.
    Enquanto não forem colocados no lugar que a constituição reservou para eles, não avançaremos na luta por uma sociedade mais justa.

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