Trabalhadores da França ocupam sede de empresas bilionárias para denunciar Reforma da Previdência. Corte Constitucional do país analisa hoje legalidade da mudança nas aposentadorias.
Redação
INTERNACIONAL – No dia em que a Corte Constitucional da França (o STF de lá) julga a Reforma da Previdência do presidente Emmanuel Macron, trabalhadores se revoltam em Paris. Em 16 de março, Macron atropelou o parlamento e o povo francês e aprovou a reforma que aumenta em 2 anos a idade mínima de aposentadoria.
Segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT), mais de 400 mil pessoas foram às ruas de Paris. A chance da Reforma da Previdência ser aprovada pela corte levou a milhares de trabalhadores a se revoltarem contra as lojas de bilionários. Algumas delas são de marcas famosas, como Louis Vitton e Dior.
Na tarde desta quinta (13), manifestantes ocuparam as sedes das famosas marcas de luxo francesa. Esta foi uma das formas que as pessoas encontraram de denunciar o fato de que, enquanto elas terão que trabalhar para se aposentar, as grandes multinacionais continuarão lucrando bilhões.
A revolta do povo da França vem ocorrendo desde fevereiro, quando a Reforma foi anunciada. Sindicatos, entidades estudantis e muitos imigrantes se uniram para barrar esse retrocesso. A resposta do governo vem sendo marcada pelo autoritarismo e a dura repressão policial, que já deixou milhares de feridos.