Profissionais da educação fazem greve nacional de 24 horas

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Greve nacional foi convocada pela CNTE e pede valorização profissional e a revogação do ensino médio. Dia de paralisações foi marcado por manifestações populares no país.

Redação


TRABALHADORES UNIDOS – Profissionais da educação de todo Brasil realizaram greve de 24 horas, nesta quarta (26/04), em mobilização convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Na pauta de reivindicação dos educadores estão a implementação do piso nacional do magistério, que foi reajustado no início do ano, e a revogação do Novo Ensino Médio.

A greve mobiliza professores e funcionários das redes estaduais e municipais. O dia foi marcado de manifestações em vários estados do país. Em Fortaleza, profissionais da educação foram às ruas em Fortaleza pedir por valorização profissional. O ato aconteceu em frente a Assembleia Legislativa do Ceará.

Em Alagoas, educadores convocados pelo SINTEAL fizeram uma manifestação em frente ao Palácio do Governo. No ato, os trabalhadores denunciaram o prejuízo que a reforma do ensino médio trouxe ao país.

No Centro Oeste a greve teve força em Campo Grande. A capital sul-mato-grossense registrou a paralisação total de ao menos 160 unidades de ensino. Mesmo com a forte chuva a cidade também teve um ato público dos profissionais da educação.

No Rio, a manifestação convocada pelo SEPE foi na Av. Rio Branco. Para o professor de história Bayron Thadeus, “o Rio de Janeiro tem um o pior salário de professor da rede estadual do país. Precisamos continuar na luta para em maio deflagrarmos a greve para conquistarmos a implementação do piso.”

Em São Paulo, o ato se concentrou na Avenida Paulista e reuniu, além do sindicato da categoria, a APEOESP, movimentos sociais e organizações políticas. Uma das pautas centrais também foi a reforma do ensino médio. No estado, os estudantes estão com o currículo escolar desfigurado, com aulas como “como fazer um brigadeiro” ou “o que rola por aí”.

O chamado Novo Ensino Médio impôs aos profissionais da educação um grande retrocesso nas condições de trabalho. Professores hoje tem que dar aulas de matérias para as quais não tem formação, são obrigados a cumprir sua carga horária em várias escolas e estão vendo os conteúdos considerado tradicionais (como matemática, português, história ou geografia) perderem espaço na grade horária.

Mesmo com a conquista do reajuste do piso nacional do magistério, os funcionários escolares continuam sem um piso próprio. Além disso, o governo federal se recusa a revogar por completo a Reforma do Ensino Médio, o que está prejudicando e revoltando professores e estudantes de todo Brasil.

Os profissionais da educação tem se mobilizado em todo país neste ano de 2023. Após 4 anos de repressão política e cortes brutais de verbas, os trabalhadores da educação pública querem ter sua voz ouvida.