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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

A propaganda revolucionária dentro das universidades

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A utilização de propaganda revolucionária dentro das Universidades é ferramenta de divulgação de nossa linha política na luta contra o fascismo, na proteção dos estudantes e contra a precarização do ensino público.

Julia Poletto e Mykael Felizardo | Santo André (SP)


JUVENTUDE – Se organizar as massas em torno da luta revolucionária é o nosso objetivo, então levar nossa propaganda à todas as camadas do povo trabalhador é uma tarefa primária.

Levar a voz da nossa organização para as pessoas é um trabalho efetivo que desempenhamos com a construção e divulgação do nosso jornal. Nele, fazemos uma análise crítica da realidade, denunciando as contradições que oprimem nossa classe e apontamos a necessidade de ações concretas que permitam a superação desse sistema.

Conseguiremos, porém, elevar ainda mais a nossa luta se formos capazes de atrair a atenção de todos aqueles que possam querer conhecer, apoiar e se organizar em nossos movimentos. Para isso, precisamos imprimir a nossa identidade em cada espaço que ocupamos. Dentre esses espaços, destacamos aqui as nossas universidades.

Na atual conjuntura, a educação pública brasileira sofre com a intensa precarização por parte das políticas neoliberais. O fascismo já se consolidou como possibilidade na sociedade capitalista e ataca os direitos estudantis de todas as formas.

Pautar esses debates e disputar a consciência dos estudantes nas universidades é uma tarefa que deve ser colocada em primeiro plano, devendo ser alavancada com uma intensa propaganda revolucionária.

A universidade não deve se resumir a um espaço de formação profissional, mas como um espaço onde o indivíduo tenha a oportunidade de se desenvolver coletivamente como ser social e político. Nesse espaço, forças políticas travam uma disputa pela organização dos estudantes e trabalhadores em torno de diversas lutas e reivindicações.

Para que as nossas organizações se desenvolvam e cumpram este papel, faz-se necessária a utilização da decoração visual como ferramenta de propaganda e agitação. Em outubro de 2022, após a aparição de manifestações nazistas no campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo, os estudantes se organizaram na colagem de lambes com mensagens antifascistas pela universidade.

Em novembro do mesmo ano, houve o caso da aparição de um estudante utilizando um símbolo nazista na Universidade Federal do ABC. Militantes dos movimentos Olga Benário, Correnteza, UJR e da Unidade Popular assinaram cartazes, além de uma grande faixa que decora a universidade e a estabelece como uma zona antifascista.

No início de fevereiro deste ano, após o terrível caso de feminicídio contra Janaína Bezerra, e dando prosseguimento à campanha contra o assédio nas universidades, o Movimento Olga Benário realizou a confecção de faixas nos dois campi da UFABC.

Maria Fernanda, estudante de Ciência e Tecnologia e apoiadora dos movimentos, fala sobre a importância e o impacto dessa atividade: “As faixas e cartazes são ferramentas de luta que nos permitem estar presentes nos espaços e definir nossos posicionamentos. Dessa maneira, as pessoas poderão entender sobre o ocorrido, nos conhecer e nos buscar para lutar com a gente”.

Assim, ao propagandear nossa linha política em forma de palavras de ordem às pessoas que frequentam o ambiente, temos como objetivo transmitir ideias que se relacionem com algum problema ou contradição que essas pessoas vivenciam. Transmitimos também ideias que sejam capazes de gerar curiosidade e interesse e, desse modo, também crescermos com nossas fileiras.

É necessário realizarmos cada vez mais atividades de decoração em nossos locais de atuação, com confecção de faixas, cartazes e colagem de lambes com as respectivas denúncias.

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