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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Poesia | Quem vai fazer a revolução?

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Paula Dornelas* – Viçosa


Quem vai fazer a revolução? O que se precisa pra fazer uma revolução? Pra destruir as bases engendradas de uma sociedade falida, tão arcaica em meio a tecnologias e avanços científicos que ficam restritos nas mãos de um pingo de gente que tem seus olhos fixos num ponto que não diz da verdade.

Quase que nem um texto como este representa essa gente, porque texto é conjunto de palavras, é interpretação, é retalho que se junta, e pra esses burgueses uma palavra rude basta pra defini-los em sua mesquinhez, em seu parasitismo sobre o povo, sobre o coletivo, sobre a vida que deveria ser vivida, sobre a nossa saúde, sobre a nossa mente, sobre o nosso trabalho.

Pra se fazer a revolução tudo que se assemelha a essa gente deve ser destruído, substituído por novas relações, por solidariedade, por disciplina coletiva. Mas por disciplina. Por esforços. A quem cabe o direito de escolha se carrega ou não uma caixa na cabeça, um balde com água, uma moto carregada de comida pra entrega, uma enxada, um instrumento, uma peça, um giz? A quem cabe esse direito de escolha?

Àqueles que se acham nesse direito, saibam que se enquadram naquele mesmo ponto que diz de gente mesquinha, individualista e que o horizonte só alcança uma palma à frente. Saibam que são só palavras soltas em meio à história que a gente quer construir, ao texto que a gente quer escrever e ao horizonte que estão sob os nossos olhos.

Pode até vir com essas palavras bonitas, chiques, mas a gente vai com o grito, vai com gente, vai com mãos, braços e pernas, com sonhos de pé no chão, com o que for preciso pra fazer uma revolução.

Revolução socialista: esse é o nome do que a gente quer. E pra se fazê-la há de sair do comodismo e do conforto. Exige esforço. Como uma companheira disse, nosso corpo cheio de pequenez da burguesia pode muitas vezes não ta acostumado a ir à frente. Mas façamos os esforços necessários pelo sangue de tantos nossos que devem ser lembrados, louvados e erguidos. Pelo sangue e pela vida que desejamos que seja vivida!

*Militante do Movimento de Mulheres Olga Benario MG

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